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«Era esta a altura de cantar-me»

Finalmente a carismátic­a Ana Bacalhau aventura-se em “Nome Próprio”. Álbum de estreia a solo da cantora é lançado hoje e nós falámos com ela.

- REDAÇÃO redacao@destak.pt

Depois dos Lupanar e dos Deolinda, quando é que chegaste à conclusão que estava na hora de te lançares na gravação de um álbum em Nome Próprio?

Eu sempre estive em bandas e fui encontrand­o a minha voz. Mas só comecei a sentir alguma confiança em fazerumaco­isaasoloem­2013,quando fiz uns concertos a solo onde eu fazia versões de músicas importante­s no meu percurso. Queria fazer um trabalho de originais onde eu me pudesse mostrar, com um som meu.

Pegando numa letra de uma música deste disco, estavas “com o sangue a ferver”?

Era esta a altura de cantar-me a mim, a Ana Bacalhau. Por isso é que neste disco há tantas letras como a que estás a citar. Houve essa necessidad­e de me exprimir e expor um pouco mais

Além de ser um álbum eminenteme­nte pessoal, nota-se que é um álbum de uma mulher, um disco feminista, no melhor dos sentidos do termo. Concordas comigo?

Concordo e fico muito feliz que me digas isso. De facto é um álbum que marca a minha passagem de menina a mulher: ganhei confiança em mim, nas minhas capacidade­s e consegui assumir essa feminilida­de. Além disso, desde o primeiro ensaio deste disco que estava grávida. A gravidez e a maternidad­e deram-me uma força e confiança em mim mesma renovada. Acho que isso também se transmite neste álbum.

Já quanto a colaborado­res, rodeaste-te de um verdadeiro ‘dream team’, só nomes ilustres… a nata da nata. Sentes-te bem em boa companhia?

(risos) Sou uma sortuda. Fui-me lembrando de pessoas cujo precur- so fizesse sentido na construção deste disco e na sonoridade que eu tinha na cabeça. É um grupo de pessoas muito diferentes, que vem da pop, tradição, rock, etc. Eu, uma felizarda, fui convidando as pessoas e elas foram dizendo que sim. Fiquei muito feliz, até porque antes de tudo sou fã delas.

E como foi isto de te aventurare­s pela primeira vez na composição enquanto cantautora?

Não me vejo propriamen­te como cantautora. Se sinto a necessidad­e de escrever, faço-o. Mas num disco como este, em que eu me proponha cantarme, achei que era importante ter algum documento meu, alguma palavra a dizer em termos autorais. Achei que fazia sentido.

O que vem aí agora? Muita estrada nos próximos tempos?

Vamos começar a tocar pelo país fora já em novembro, principale­mnte em auditórios, algo que segue até à primvaera. Depois o plano passa por avançar para as festas de verão e perceber como o disco funciona ao ar livre.

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