Metrópoles querem limitar preço das casas
Barcelona, Nova Iorque e Lisboa reivindicam «mais capacidade legislativa» contra «pressão especulativa».
Três responsáveis pelas políticas de habitação em Nova Iorque, Lisboa e Barcelona redigiram um documento comum onde afirmam que é essencial criar uma regulamentação do preço do aluguer que permita às cidades estabelecer índices de referência, proibindo os proprietários de aumentar os preços acima desses limites - um teto máximo que já existe em Nova Iorque, Paris e Berlim e que a cidade catalã só não implementou ainda por recusa dos governos regional e nacional.
Intitulado “Para o direito à habitação: poder local, política global”, o documento, citado pela agência EFE, defende que o sucesso e a atratividade das cidades colocam os seus residentes e famílias estáveis “em risco”, porque a pressão turística aumenta os preços e faz com que mais e mais apartamentos sejam oferecidos para aluguer a turistas e estadias não turísticas de curto prazo em vez de residências permanentes.
«A proliferação de empresas dedicadas ao aluguer por períodos curtos como o Airbnb é um problema compartilhado entre as cidades que assinaram este artigo.» Os responsáveis autárquicos apontam que a consequência de tudo isto é o aumento das modalidades de exclusão residencial, das famílias deslocadas para a periferia urbana – ainda na quinta-feira o Destakpublicouváriassimulaçõesque confirmas esta tendência, como pode ser visto em www.destak.pt – e nos casos mais extremos de sem-abrigo.