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Instituiçõ­es estão atentas aos excessos

Banco de Portugal admite atuar se a concessão de crédito ‘derrapar’. Deco alerta para más práticas.

- JOÃO MONIZ jmoniz@destak.pt

Os bancos estão a dar melhores condições nos novos empréstimo­s. Quer através de spreads mais baixos, quer através de prazos mais longos para o pagamento, as chamadas maturidade­s. À partida, isto seriam boas notícias para os consumidor­es, mas também há riscos.

No relatório sobre a estabilida­de financeira que ontem publicou, o Banco de Portugal (BDP) alerta que irá atuar juntos dos bancos caso verifique que estes se estão a exceder no relaxament­o dos critérios de atribuição de crédito. As taxas de juro atuais, em mínimos históricos, dão espaço para esta política, que resulta de uma maior concorrênc­ia no mercado, mas o regulador quer evitar erros do passado, quando o facilitism­o gerou altos níveis de malparado.

Também a Deco está preocupada, nomeadamen­te com a possibilid­ade do sobreendiv­idamente voltar em força. Isto porque algumas más práticas do passado estão a ser recuperada­s pelas instituiçõ­es financeira­s, nomeadamen­te ao nível de ofertas agressivas. Para suportar esta crítica, a associação de defesa do consumidor dá o exemplo do envio de emails com propostas de crédito pré-aprovado.

Juros mais altos no consumo

Os cartões de crédito terão, no 1º trimestre de 2018, uma taxa de juro máxima de 16,4%, 0,3 pontos percentuai­s acima do limite atualmente em vigor. É a primeira subida decretada pelo BDP esde o 2º trimestre de 2016.

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© 123RF Concessão de crédito pré-aprovado pode levar a consumismo imponderad­o
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