Um dia para recordar só por bons motivos
Gostos pessoais à parte, é notório o peso que tiveram Salvador Sobral, a visita do Papa e o tetra do Benfica.
Foi um dia cheio do princípio ao fim, o de 13 de maio de 2017: de manhã o Papa Francisco canonizou em Fátima os pastorinhos Francisco e Jacinta; à tarde o Benfica conquistou um inédito tetracampeonato (algo que Sporting e FC Porto já tinham conseguido); e à noite Portugal venceu o Festival Eurovisão da Canção pela 1ª vez.
As histórias não se devem começar pelo fim. Mas neste caso é inevitável falar primeiro de Salvador Sobral, alavancado à categoria de herói nacional – com os elogios e críticas que o estatuto acarreta. O cantor deixou pou- cos indiferentes, não só pela interpretação icónica de Amar pelos Dois – canção que a sua irmã Luísa escreveu e com a qual conquistou uma Europa de gosto tantas vezes discutível –, mas também pela sua personalidade. Não é acaso que o seu nome tenha sido a palavra mais pesquisada no Google – largos milhares de portugueses não perderam pitada da evolução do seu estado de saúde – ou que tenha sido eleito (junto com a irmã) a personali- dade do ano pela imprensa estrangei- ra em Portugal.
Outra figura querida é o Papa Fran- cisco, que levou as comemorações do Centenário das Aparições para um pa- tamar dificilmente repetível. Menos consensual é agora Rui Vitória, que de setembro para cá perdeu algum do crédito conquistado com um desem- penho histórico ao serviço das águias.