Vida de Mário Soares vai motivar exposição
Na inauguração de uma mostra no Cemitério dos Prazeres, presidente da Câmara de Lisboa assumiu «total empenho» no legado do ex-presidente da República.
As principais figuras do Estado estiveram ontem no tributo a Mário Soares, um ano após a sua morte. A cerimónia decorreu no Cemitério dos Prazeres, cuja galeria de exposições temporárias da capela vai ter patente, até 10 de junho, a mostra A Cerimónia do Adeus - O Funeral de Estado de Mário Soares Visto pelos Fotógrafos”. Trata-se de 49 fotografias de fotojornalistas portugueses que acompanharam as cerimónias fúnebres do ex-chefe de Estado.
O primeiro a falar foi Fernando Medina, que assumiu «o compromisso firme da Câmara de Lisboa no total empenho para promover, divulgar o legado de Mário Soares». «Comecemos, talvez, por uma grande exposição sobre a vida de Mário Soares, estando certos de que este será em si mesmo um ato cívico e cultural, refletindo a vitalidade, a grandeza e o amor pela liberdade» que ele sempre demonstrou.
O Presidente da República defendeu que Mário Soares invoca Portugal a não trocar «o sonho pelo acomodamento» e a lutar por «mais liberdade, mais igualdade, mais democracia e mais Europa dos europeus». Já o primeiro-ministro e secretário-geral do PS considerou que a mais justa homenagem é «continuar o seu combate por um Portugal melhor» e que «esse desígnio é cumprido diariamente honrando as suas lutas».
Também o presidente da Assembleia da República destacou que evocar Mário Soares é «valorizar as suas causas de sempre», enquanto João Soares deixou claro que o pai «mereceu o lugar que tem na história» de Portugal, devido à «coragem, visão, cultura, serenidade, o seu amor a Portugal e aos portugueses».