Ordem contra a colocação de médicos
Providência cautelar contra contratação de médicos sem especialidade para os centros de saúde.
Conhecido o concurso em Lisboa e Vale do Tejo para a contratação de mais de 3500 horas semanais de médicos indiferenciados através de empresas para serem colocados a exercer medicina geral e familiar, a Ordem dos Médicos decidiu avançar com uma providência cautelar para travar o que considera ser uma ilegalidade. Além disso, se a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT) insistir nesta decisão «absurda», a Ordem vai solicitar a intervenção do Tribunal de Contas.
«Nem sequer conhecem a lei portuguesa, que é uma transposição da própria lei europeia. Não podem contratar médicos sem especialidade para fazerem especialidade de medicina geral e familiar da forma que está planeado», explicou à Lusa o bastonário dos Médicos. Por sua vez, a ARSLVT nega qualquer ilegalidade e defende que «seria inadmissível deixar que as 525 mil pessoas que não têm médico de família ficassem sem cuidados médicos ao nível dos centros de saúde».
Vacinação sem perigo
A Direção-geral da Saúde (DGS) assegura que «a interrupção temporária» da avaliação do Plano Nacional de Vacinação (PNV) visa melhorar a qualidade da informação disponível e «não põe em causa a saúde pública». Médicos de saúde pública queixaram-se da suspensão da avaliação do PNV e da impossibilidade de se saber o estado vacinal das crianças.