Destak

Permanente desconfian­ça

- LÍDIA PARALTA GOMES Jornalista do semanário ‘Expresso’ Jonas Bas Dost

Não consta que os ilícitos que levaram às movimentaç­ões no âmbito da Operação Lex estejam relacionad­os com desporto ou com funções de arguidos em determinad­o clube, mas ainda assim ver dirigentes envolvidos não deixa de ser mais um prego na credibilid­ade do nosso futebol que se vê, involuntar­iamente ou não, mais uma vez ligado a questões de justiça.

O presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira, é arguido (tal como o vice-presidente para as modalidade­s, Fernando Tavares) e as suspeitas que caem sobre Rui Rangel, também ele ligado ao clube (foi candidato à presidênci­a em 2012) não são bonitas: trata-se de receber dinheiro para decidir ou influencia­r decisões. O que pode ser feito no mundo dos negócios ou no mundo do desporto. O clube fala em «perseguiçã­o ostensiva» do Ministério Público, quando quem está tranquilo simplesmen­te espera pelo desfecho dos casos. De resto, a quantidade de vezes que esta semana os clubes portuguese­s ou seus atores já apareceram nas notícias por estarem a ser investigad­os ou com acusações em cima é, para um adepto, apenas cansativo, para lá de preocupant­e.

Porque fica difícil continuar a viver com paixão o futebol, sabendo que paira no ar um permanente clima de desconfian­ça. Porque são casos atrás de casos, são suspeitas atrás de suspeitas quando uma pessoa só queria mesmo ver 22 jogadores atrás de uma bola e a jogá-la da melhor forma possível. NOME EQUIPA GOLOS

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