Permanente desconfiança
Não consta que os ilícitos que levaram às movimentações no âmbito da Operação Lex estejam relacionados com desporto ou com funções de arguidos em determinado clube, mas ainda assim ver dirigentes envolvidos não deixa de ser mais um prego na credibilidade do nosso futebol que se vê, involuntariamente ou não, mais uma vez ligado a questões de justiça.
O presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira, é arguido (tal como o vice-presidente para as modalidades, Fernando Tavares) e as suspeitas que caem sobre Rui Rangel, também ele ligado ao clube (foi candidato à presidência em 2012) não são bonitas: trata-se de receber dinheiro para decidir ou influenciar decisões. O que pode ser feito no mundo dos negócios ou no mundo do desporto. O clube fala em «perseguição ostensiva» do Ministério Público, quando quem está tranquilo simplesmente espera pelo desfecho dos casos. De resto, a quantidade de vezes que esta semana os clubes portugueses ou seus atores já apareceram nas notícias por estarem a ser investigados ou com acusações em cima é, para um adepto, apenas cansativo, para lá de preocupante.
Porque fica difícil continuar a viver com paixão o futebol, sabendo que paira no ar um permanente clima de desconfiança. Porque são casos atrás de casos, são suspeitas atrás de suspeitas quando uma pessoa só queria mesmo ver 22 jogadores atrás de uma bola e a jogá-la da melhor forma possível. NOME EQUIPA GOLOS