Acesso sem controlo às redes sociais
Em 2016/17, 97% dos jovens entre os 15 e os 22 anos que andavam no secundário tinham internet no telemóvel e só 20% fala em restrições impostas pelos pais.
Para perceber a evolução do impacto dos telemóveis junto da comunidade estudantil, uma equipa de investigadores do INOV-INESC/IST levou a cabo um total de 9091 inquéritos entre 2010/11 e 2016/17. Responderam jovens entre os 15 e os 22 anos de 138 estabelecimentos de ensino secundário em todo o país.
Se em 2010/11 um terço dos alunos tinham internet no telemóvel, essa percentagem subiu para 97% seis anos depois. Daí que o acesso às redes sociais tenha aumentado quatro vezes no mesmo período, num universo em que mais de 92% dos alunos possuem um tarifário que inclui pacote de dados.
No entanto, apenas 20% dos estudantes aponta restrições à utilização por parte dos pais. Ou seja, quatro em cinco jovens acediam ao Facebook, Instagram ou outras redes sem qualquer controlo parental.
Custo médio mensal de 9,86€
Os resultados cedidos ao Destakmostram que a maioria dos inquiridos tem telemóvel desde os 10 anos, quando normalmente se entra no 2º ciclo do ensino básico. Apenas 39 alunos indicaram não ter qualquer dispositivo de comunicações móveis, embora só 6% tenha mais do que um terminal.
Graças aos planos de dados e aos tarifários com comunicações ilimitadas, mesmo entre operadoras diferentes, o gasto mensal médio para todos os alunos situa-se nos 9,86€. Além do acesso à internet, os serviços mais utilizados pelos jovens portugueses são a Voz, o SMS e ouvir música/rádio, com uma elevada percentagem de utilização do auricular: 58,%.
Enviadas 93 SMS diariamente
Em média, os alunos portugueses falam ao telemóvel cerca de 27 minutos por dia e enviam 93 SMS – serviços como Whatsapp, Viber e Snapchat alteraram as dinâmicas. As raparigas fazem telefonemas mais longos (mais 8 minutos por dia) e enviam mais SMS (mais 14 por dia) do que os rapazes.