O último que feche a...
Os discursos dos dirigentes da governação do país chegam em sentido contrário ao que se lê e vai sabendo pelos meios de comunicação social. (...). A ideia que se vai erguendo no povo, não é a da criação de mais e melhor emprego, mas a de que o país está a encerrar as portas (...). Todos os dias se relatam encerramento de lugares de trabalho e de emprego. (...). A seca continua, é verdade, mas já não por todo o lado. Mas a seca maior e que nos deve interrogar mais é: por que é que o primeiro-ministro atirou-se só agora contra a Comunicação Social, e a acusou desta não ter noticiado e denunciado a tempo, em jeito de antecipação, os fenómenos acontecidos e a surgirem, ou se só agora é que passou a prestar atenção aos média, e não tem memória de que tais meios já existiam antes dele ser chefe do governo? É verdade que a imprensa talvez não se tenha libertado completamente da dependência do Estado e, engajada, só sirva de caixa de ressonância conveniente dos governos como o de Costa (...). Mas então ele que trabalhe para que ela se transforme numa indústria mais isenta, autónoma e mais livre, plural, e, por tal, mais abrangente. Com esta nova realidade, talvez o povo leia mais, vá pelas entrelinhas, fique mais bem informado sobre o verdadeiro desemprego, o verdadeiro estado da Saúde nacional, do Ensino, da Banca, Justiça, Transportes, funcionalismo público, administrações corruptas e falsos académicos e demais direcções apadrinhada, que se demoram no tal carreiro de saibro pago a preço do ouro, que nos tem conduzido ao abismo, apesar dos discursos em sentido contrário que pretendem convencer-nos que somos todos formiguinhas. Uns mais que outros, evidentemente. A imprensa é que não entra para o quadro. Fica de fora à espera de ordens, e assim que o primeiro ministro regresse da limpeza das matas, como está prometido!