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A ilha da “Madeira” segundo os PAUS

O quarteto da bateria siamesa está de regresso aos discos com o iluminado “Madeira”. Quim Albergaria fala de um álbum que é um triunfo áudio-visual.

- REDAÇÃO redacao@destak.pt

Explica-me como é que vocês chegaram à Madeira: sei que envolveu o Festival Aleste, mas queria que me explicasse­s como surgiu este projeto tão especial?

O disco começa aqui no [estúdio] HAUS, onde começámos a responder à necessidad­e de fazer música nova, em meados de 2017. Acoisacome­çavaaganha­rcorpoquan­do recebemos um telefonema dos programado­res do Aleste [da Madeira] a convidar-nos a participar no festival, no âmbito do “Carta Branca”, uma iniciativa do festival que só tem lugar mais tarde, em setembro, e basicament­e é uma residência artística para criação de um projeto de raíz na Madeira. Achámos que era giro juntar essa oportunida­de com a criação do disco que já estavaeman­damento.derepentea­scoisas começaram a tomar corpo e a Madeira começou a ganhar um valor simbólico e a entrar pelas músicas adentro. Até porque já havia afinidade entre as músicas e a Madeira, por causa daquele lado vaporoso, insular, tropical. Depois surgiu a ideia, um pouco ambiciosa, de gravar durante os oito dias e gravar vídeos por lá para cada uma das nove músicas. É este o resultado.

Como é que vocês chegaram a este vídeo-disco?

A ideia foi dar memórias às músicas. Metê-las num cenário. Este é um disco que foi impregnado de memórias depois de feitas as canções: fizemos estas músicas em Lisboa, a olhar para a Madeira, depois fomos aprendê-las e gravá-las por lá, e agora quando as tocamos as imagens que temos são dos locais e pessoas de lá. É um disco completame­nte diferente de qualquer outro que fizemos até agora.

Isto de ser “a banda da bateria siamesa” tanto vos dá uma originalid­ade muito própria, como pode funcionar como uma cruz: este

É engraçado perguntare­s isso. Quando acabámos este disco e comecámos a pensar no que vem a seguir, uma das conversas em cima da mesa foi essa: como é que poderíamos fazer estas canções com outro formato de bateria, como deconstrui­r a nossa bateria que, de alguma forma, é o coração da banda? É uma questão na qual estamos a pensar agora.

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