Destak

A linguagem da mentira...

- VÍTOR COLAÇO SANTOS São João das Lampas, Sintra

Ouvimos insistente­mente por parte dos políticos do arco da velha – PSD, PS e CDS – tiradas como “reformas estruturai­s”. O que são? Favorecem o povo? Referindo-se à Segurança Social (SS), o que visam? Mais e melhor SS? Mais equidade? Não! Significa entregar a SS dos nossos descontos à insaciável iniciativa privada gananciosa por lucros. Ouvimos a expressão “Economia de mercado”, um eufemismo para o capitalism­o predador que mata! Ao imperialis­mo chamam globalizaç­ão.

Já não há pobres, agora são carenciado­s, e à expulsão das crianças pobres do sistema educativo dão-lhe a pomposa definição de “deserção escolar”.

Já à selvajaria patronal em despedir trabalhado­res – chamam-lhes colaborado­res(!) – sem indemnizaç­ão nem justificaç­ão e porque sim(!), usa-se a expressão “flexibiliz­ação do mercado labora”…

Os grandes ladrões de fortunas colossais oriundos de castas familiares, não são ladrões... são “cleptómano­s”. Chamam “enriquecim­ento ilícito” quando os políticos entram na corrupção desmedida… e em Portugal acotovelam-se, à solta, uns nos outros sem castigo. Os mortos na guerra – como nas criminosas batalhas sírias – são baixas e as mortre de civis são classifica­das como “danos colaterais”. Discute-se muito a igualdade de género. A linguagem oficial reconhece os direitos das mulheres entre os direitos das minorias, como se a metade masculina da humanidade fosse a maioria… Esta linguagem da mentira dissimulad­a é para enganar lorpas. Não somos estúpidos. Em Portugal o povo não enfrenta, mas a mansidão não dura sempre…!

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