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O dia em que a selva foi mortal para o leão

Depois da que terá sido a pior semana da sua história, o Sporting perdeu a final da Taça de Portugal para o Desp. Aves, que se torna a 13ª equipa a vencer o troféu. Um desfecho com implicaçõe­s na próxima época.

- JOÃO MONIZ jmoniz@destak.pt

Olance do Bas Dost aos 79 minutos é exemplo de como a equipa estava em termos emocionais. Não se pode comentar este jogo sem ter em conta este facto, não há técnica e tática, o que conta é a parte emocional. Isso foi fundamenta­l para que a equipa não jogasse como é capaz de fazer». Esta foi uma das frases proferidas por Jorge Jesus, numa curta declaração sem direito a perguntas após o jogo, onde falou em «terror».

Não será justo para o Desp. Aves, como se queixou e bem o seu treinador, justificar tudo o que se passou nos 90minutosd­a78ªfinald­ataçadepor­tugal com o tsunami que atingiu o Sporting desde domingo. Mas o contexto influencio­u, e muito, o que fizeram as duas equipas.

Será sempre especulati­vo dizer até que ponto os ferimentos do leão permitiram que o Desportivo das Aves se apresentas­se tão confiante no Jamor. Mas essa foi a realidade. A equipa de José Mota apareceu bem estruturad­a num 4-3-3 e compensou a menor valia individual com maior entrosamen­te e dinâmica coletiva.

Apesar de uma entrada forte do Sporting, parada com duas boas defesas do experiente Quim (42 anos e finalmente a Taça de Portugal no currículo após duas finais perdidas) a remates de Gelson, o Aves foi mortífero a aproveitar o menor andamento leonino: após uma transição rápida desde a sua área, Alexandre Guedes apareceu ao 2º poste a cabecear sem hipóteses para Rui Patrício.

O golpe foi duro para os leões, que chegaram ao intervalo sem criar outra

«Foi uma semana muito complicada, começou que até parecia um filme de terror»

JORGE JESUS Treinador do Sporting

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