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Como um ‘Check-in’ para uma mudança»

Quando pensamos em hip hop, dificilmen­te pensamos no Alentejo. Pois bem, com o rapper Valas isso vai acabar. Prova? Basta ouvir o seu novo “Check-in”.

- REDAÇÃO redacao@destak.pt

em sei que este não é o teu primeiro disco, e muito menos o teu primeiro projeto musical, mas, ainda assim, tendo em conta que é o teu primeiro disco pela Universal, pedia-te que te apresentas­ses: quem é o João Valido?

Posso começar por te dizer que sou um alentejano de Évora que já faz música há uns 11 ou 12 anos. O hip hop entrou na minha vida com 14/15 anos. Eu sempre ouvi hip hop, mas como praticante, comecei nessa altura. Desde aí tem sido uma aventura enorme.

Não és propriamen­te um novato nestas andanças: porquê o titulo Check-in? O que te inspirou na feitura deste disco?

Ao longo dos anos eu lancei vários projetos, coisas que fui fazendoant­es de assinar com a Universal. Esta estreia numa ‘major’ surge num momento em que estou a assumir a tentativa de mudar de vida, de me profission­alizar nestas lides da música e do hip hop. É como um ‘check–in’ para uma mudança, uma nova fase mais madura, para deixar a minha marca no hip hop português.

É um disco que é produto dos meus últimos dois anos nesta vida.

Vens do interior do Alentejo: como é que o hip hop entra na vida de um puto alentejano? Como é que entraste neste mundo?

Quando comecei a fazer as minhas primeiras rimas não havia movimento hip hop em Évora. Mas, a partir de 2006, pessoal da minha geração começou a agitar um pouco as coisas na cidade, a organizar festas… e, além disso, com a internet começámos a ter acesso a todo o tipo de informaçõe­s. A partir desse momento, as coisas foram muito orgânicas e foram acontecend­o naturalmen­te.

No que toca à produção, há aqui o dedo consistent­e do Lhast, teu parceiro de longa data. Mas depois vê-se um enorme leque de convidados, tanto na produção como na interpreta­ção de temas: esta apetência para colaboraçõ­es e parcerias tão típica do hip hop,

Essa sempre foi uma das facetas que eu mais gosto no hip hop: é esse convívio com novas pessoas, trocar ideias, partilhar visões. Acho que este disco também passa muito por aí: há um diálogo de pessoas, de conhecimen­tos para tentar chegar a um consenso ou um objetivo. Acho que isso se nota neste disco.

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