Batalha final pelo poder em Alvalade
Conselho Diretivo não acata suspensão imediata decretada pela Comissão de Fiscalização provisória.
Face aos «gravíssimos ilícitos disciplinares» referidos numa participação disciplinar contra o Conselho Diretivo subscrita por 21 associados e apresentada a 4 de junho, a Comissão de Fiscalização «entendeu não haver necessidade de procedimento prévio e partir para a suspensão imediata» do Conselho Diretivo. Este órgão admite mesmo recorrer à vida judicial para garantir que Bruno de Carvalho é efetivamente afastado de funções no clube.
Mas como o ainda presidente já disse que não acata uma decisão que não passa de um «golpe de Estado», esta posição de força visa forçar uma decisão judicial que permita a realização da assembleia destituitiva de dia 23. Um ato que ainda ontem o presidente da Mesa da Assembleia Geral disse que é necessário manter. Mas como é a direção que controla os serviços do clube, só afastando Bruno de Carvalho e a sua equipa é que ela poderá ocorrer.
Para isso, será necessário que os tribunais, provavelmente mediante uma providência cautelar, tomem posição por um dos lados – ainda ontem a Comissão Transitória (CT) da Mesa da Assembleia Geral nomeada pelo presidente o defendia. Nas próximas horas, Marta Soares deverá nomear uma comissão de gestão provisória, medida essencial para ‘credibilizar’ o afastamento de Bruno de Carvalho.