Descalabro completo dificulta as contas
O desacerto dos sul-americanos chega ao ponto de tornar um dos melhores jogadores do mundo num atleta mediano. Apuramento está muito difícil.
Só um psicólogo olharia para o que está a passar-se com a Argentina e conseguiria, por um lado, descortinar o que está a minar um dos conjuntos com mais talento individual neste Mundial e, por outro, apontar o caminho para uma redenção que parece cada vez mais uma utopia.
Convém relembrar que esta equipa esteve em apuros na fase de qualificação e que as ideias de Sampaoli nunca convenceram verdadeiramente ninguém. Nem o próprio selecionador, que no 1º jogo abdicara dos três centrais com que voltou a jogar ontem. Só que estas constantes alterações parecem baralhar os jogadores, mesmo que sejam expe- rientes e rotinados às exigências das melhores equipas nos campeonatos mais competitivos.
Salvio, Acuña e companhia nunca estiveram confortáveis na partida, que foram dividindo com a também talentosa Croácia, só que a seleção europeia estava muito melhor organizada. Daí que tenha tido duas excelentes oportunidades até ao intervalo contra uma do adversário.
Mas os golos só chegaram no 2º tempo. O primeiro dos quais numa oferta do guarda-redes Caballero, o que só intranquilizou ainda mais os argentinos. Sampaoli não ajudou, colocou a carne no assador literalmente ao monte e ela acabou por queimar-se. Nem Messi conseguiu dar algum
Se a Islândia vencer hoje a Nigéria, passa a precisar só de um empate com a Croácia que já está apurada
sentido a tanta anarquia e a Croácia chegou ao 3-0, pelos líderes Modric e Rakitic, em transições rápidas.
Mediante o jogo de hoje entre Islândia e Nigéria, a Argentina saberá quão complicada será a sua missão na 3ª jornada. Mas arrisca-se a que nem uma vitória seja suficiente.