Uma questão de foco
Há uma tendência natural para adiar a execução daquilo que mais nos custa. A este fenómeno de deixar arrastar o tempo, ocupando-o com outros afazeres, chamamos de procrastinação. Quantas vezes não inventamos coisas para não começar a fazer o que realmente temos de fazer? Se sofre deste mal, então é melhor perceber quais as origens mais comuns. O 1º motivo poderá ser por medo de falhar. O sentimento de achar que não é capaz de desempenhar alguma tarefa pode paralisar-nos. O medo pode levar a sermos mais cuidadosos, o que por si é bom, mas se nunca decidirmos avançar, então não poderemos vir a experimentar a satisfação da superação das dificuldades. O 2º motivo é a tendência que algumas pessoas têm para o perfecionismo, que faz com que não avancem com alguma tarefa até terem a certeza que vai estar perfeita. Mas esquecem-se que o prejuízo de não estar perfeito é muito menor que o prejuízo de não fazer. Como 3º motivo temos a tendência para a distração. Nesta era digital ainda é mais frequente encontrar este tipo de motivo para a procrastinação. A distração, nomeadamente pela consulta de informação (útil ou inútil), pode chegar a ser um vício que não nos deixa iniciar o que devemos. Por último, temos o cansaço como uma outra causa possível que não devemos menosprezar. Não existem “super-homens” na vida real. Se não respeitarmos os nossos ritmos, então a capacidade de trabalho será obrigatoriamente afetada. Resumindo, todos temos alguma tendência para procrastinar, mas o segredo está na capacidade manter o foco na ação final. Não vale a pena estarmos à espera da motivação para começar. A melhor motivação é fazer o que temos de fazer. A satisfação de ter o trabalho concluído é a maior motivação que podemos desejar. Ao mantermos o foco no resultado final, as tentações para a procrastinação não serão mais fortes que a nossa vontade!