Enxaquecas com custos elevados
Estudo mundial revela que 60% das pessoas com enxaqueca grave faltam, em média, uma semana por mês ao trabalho, acarretando uma despesa considerável.
Dor de cabeça, náuseas, vómitos e sensibilidade à luz. São estes os principais sintomas da enxaqueca, uma doença neurológica com crises de gravidade variável que frequentemente resultam em incapacidade temporária.
Para perceber o real impacto desta condição nos doentes que dela padecem – normalmente adultos ativos entre os 35 e os 45 anos – foram estudadas 11 mil pessoas de 31 países, incluindo Portugal. E a investigação desenvolvida pela Novartis e a European Migraine e Headache Alliance (EMHA) concluiu que, em média, 60% dos entrevistados referiu ter faltado a quase uma semana de trabalho (4,6 dias) no último mês devido à enxaqueca. Dito de outra forma, os doentes não cumprem 25% da carga horária laboral.
Segundo o My Migraine Voice, que o Destak consultou, mesmo os doentes que tinham trabalhado na semana anterior ao estudo relataram que a produtividade foi reduzida em mais de metade (53%), percentagem que subiu para 56% nos trabalhadores com insucesso terapêutico em dois ou mais tratamentos preventivos. Apesar deste impacto devastador, mesmo tendo conhecimento desta situação (63%), apenas 18% dos empregadores ofereceram apoio.
Milhares de milhões em causa
Feitas as contas, esta incapacidade que pode durar dias tem um custo total de 18 a 27 mil milhões de euros na Europa – o montante para Portugal, em específico, será divulgado em breve. Este montante inclui os custos indiretos, como aqueles que estão associados à perda de produtividade. Mas também a vida familiar é afetada.