Sindicato acusado de conflitualidade
Operadores do Porto de Lisboa acusam o Sindicato dos Estivadores de fomentar “a todo o custo um clima de conflito social”, ao marcar greve nos próximos meses.
AAssociação de Operadores do Porto de Lisboa (AOPL) acusou ontem o Sindicato dos Estivadores e da Atividade Logística (SEAL) de fomentar «a todo o custo um clima de conflito social», prejudicando os trabalhadores, ao marcar uma greve em setembro e outubro. «A greve ao trabalho suplementar convocada pelo SEAL e as razões alegadas revelaram claramente que o real objetivo é a criação a todo o custo de um clima de conflito social que poderá ter como único objetivo afirmar o seu próprio protagonismo e o dos seus dirigentes, fazendo-o inclusivamente à custa dos direitos dos trabalhadores que deveria representar e proteger», sustenta a associação em comunicado.
Ressalvando que, «independentemente da sua opinião sobre as exigências que são feitas pelos trabalhadores portuários, a AOPL respeita a atividade sindical», a associação acusa contudo o SEAL de «criar permanentemente situações de conflito, fugindo de qualquer acordo que signifique a obtenção de um clima de paz social nos portos na- cionais e hipotecando qualquer situação de diálogo».
Acordo... seguido de greve
Segundo recorda o comunicado, «em junho a AOPL acolheu as reivindicações do sindicato, que se traduziram em aumentos para 2018 (com efeitos retroativos a janeiro) de 4% e de 1,5% para 2019». Este acordo «foi depois ratificado em 2 de julho, em plenário de trabalhadores promovido pelo SEAL», mas «apenas duas semanas depois o sindicato convocou uma nova greve em vários portos, na qual incluiu o Porto de Lisboa, demonstrando um total desrespeito pelo acordo alcançado», o que levou a associação a «considerá-lo sem efeito».