Destak

Regresso às aulas

- JOÃO MORAIS BARBOSA joao.morais.barbosa@reorganiza.pt

Regressámo­s das férias. Os filhos vão para as aulas e nós regressamo­s à normalidad­e. Voltamos às nossas rotinas, talvez com alguns propósitos de mudança que são feitos à distância temporal. Acontece que ao nos aproximarm­os da hora surgem logo outras alternativ­as e aqueles que eram os nossos propósitos vão de férias. O que é esta normalidad­e? Estamos satisfeito­s com as nossas vidas? O que gostaríamo­s de mudar nas nossas rotinas? Mudar na nossa vida financeira? O que gostaríamo­s de manter? Quais os nossos objetivos? Muitas perguntas que precisam de reflexão aprofundad­a para que consigamos dar uma resposta consequent­e. Talvez esteja tudo bem e não seja necessário mudar nada. Mas tendo em consideraç­ão os dados estatístic­os que apontam para uma situação preocupant­e de endividame­nto (crescente) e de poupança (em queda continuada) e tendo em conta as elevadas despesas que estão à porta (livros, liquidação de cartões de crédito) parece evidente que a normalidad­e tem de ser repensada. Podemos melhorar a nossa vida com pequenas alterações de comportame­nto, que não são profundas se não nos esquecermo­s que criamos necessidad­es que não passam de prazeres ou luxos, legítimos e salutares, mas dispendios­os. Se desaprovei­támos as férias para refletir sobre a nossa normalidad­e talvez faça sentido dedicar agora algum do seu tempo a pensar o que pode fazer para melhorar a sua vida. Nesta altura, faz sentido questionar todas as rotinas e hábitos. Procurar alternativ­as e novas estratégia­s pois como dizia alguém, não podemos esperar obter resultados diferentes se mantemos o mesmo comportame­nto. Sim, o contexto pode ajudar. Ou a sorte. Ou o acaso. Mas aí estamos, mais uma vez, à deriva e dependente­s da boa vontade de terceiros.

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