Reabilitação urbana leva 504 109€/dia
Instrumento Financeiro para a Reabilitação e Revitalização Urbana (IFFRU 2020) apoiou 42 projetos com 184M€ num ano e estão em avaliação 225 candidaturas
Desde que foi lançado a 30 de outubro de 2017 e até final do mês passado, o instrumento de apoio à reabilitação urbana IFFRU 2020 apoiou 42 projetos em 15 concelhos: Águeda, Lousã, Silves, Aveiro, Trofa, Braga, Odemira, Matosinhos, Vila Nova de Gaia, Porto, Coimbra, Lisboa, Elvas, Faro e Funchal. O montante alocado é de 184 milhões de euros, o que dá uma média diária de 504 109 euros.
Destes contratos, 25 têm por finalidade a atividade económica, 14 a habitação,
Gaia é o município com maior volume de candidaturas, cujo valor que está em análise totaliza 200M€
dois a área social e um a utilização coletiva. Em comunicado divulgado ontem, o Ministério do Ambiente revela ainda que, «para além dos contratos já assinados existem 225 candidaturas, correspondendo a um investimento de 604M€». Recorde-se que o IFFRU 2020 assume-se como o maior programa de incentivo à reabilitação urbana, com 1400M€ de financiamento, gerando um investimento de cerca de 2000M€. Parecer favorável condicionado. Foi esta a posição de 14 das entidades consultadas sobre o Plano da Orla Costeira, que prevê demolir dezenas de edifícios entre Caminha e Espinho. Sete das nove autarquias abrangidas (Póvoa de Varzim, Caminha, Esposende, Matosinhos, Viana do Castelo, Vila do Conde e Vila Nova de Gaia) optaram por este caminho, enquanto Porto e Espinho deram parecer desfavorável.
O documento, em consulta pública até 14 de dezembro, fala em 13 intervenções de demolição e remoção de estruturas localizadas em áreas com maior suscetibilidade aos riscos costeiros. Só numa das zonas com prioridade elevada, em Esposende, estão em causa 89 habitações, mais de meia centena de anexos e sete restaurantes. Os 9M€ orçamentados para a demolição não incluem o pagamento de eventuais medidas compensatórias.