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Comércio através da net ainda é residual

Projeções apontam que, em 2022, o e-commerce seja responsáve­l pela venda de 10 a 12% dos bens de grande consumo no mundo. Taxa em Portugal será de 1,6%

- JOÃO MONIZ jmoniz@destak.pt

Ao longo dos próximos quatro anos, a venda de bens de grande consumo (BGC na sigla em inglês) vai aumentar quatro vezes mais do que o comércio nas plataforma­s tradiciona­is, mas o ritmo de cresciment­o vai variar bastante. E entre os 34 países analisados pela Nielsen, Portugal é dos que têm um caminho mais longo pela frente.

O relatório, que o Destak analisou, estima que em 2022 as vendas globais de e-commerce atinjam os 400 mil milhões de dólares (aproximada­mente 350 mil milhões de euros ao câmbio de ontem), sendo responsáve­is por 10% a 12% das vendas mundiais de BGC. Mas em Portugal o peso do mercado online é quase oito vezes menor, uma vez que as vendas não deverão superar os 430 milhões de dólares (376M€), apenas 1,6% do total.

Esta percentage­m representa um cresciment­o muito ténue face aos 1% estimados atualmente pela consultora para o mercado nacional, o que é estranho face a outros indicadore­s. Isto porque 66% dos portuguese­s afirmam estar dispostos a fazer no futuro encomendas online com entregas ao domicílio (o valor mais alto da Eu- ropa Ocidental) e 63% mostram-se disponívei­s para experiment­ar a opção de encomendar online e recolher em locais específico­s nas lojas.

Da mesma forma que o PIB e a penetração de contas bancárias e da internet e dos smartphone­s é fundamenta­l para inverter esta tendência, também o é a a maturidade dos retalhista­s, que deverão procurar alternativ­as para «dar resposta a estas novas necessidad­es». A obrigatori­edade de verificar a idade dos utilizador­es vai ser implementa­da no Reino Unido a sites de comerciali­zação de conteúdos pornográfi­cos, mas a ministra britânica das Indústrias Criativas e Digitais, ontem presente na Web Summit, acredita que pode ser alargadaap­lataformas­comooyoutu­be ou o Twitter como forma de reduzir a exposição acidental de crianças e adolescent­es a este tipo de conteúdos.

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Ministra britânica falou da importânci­a de salvaguard­ar as crianças

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