Videovigilância na zona de St. Catarina?
Fernando Medina admite que há um “extremo desequilíbrio” na zona do histórico bairro de Lisboa. Soluções passam por câmaras de videovigilância e reforço policial
Na opinião do presidente da Câmara Municipal de Lisboa (CML), «o Adamastor [zona de Santa Catarina] é um caso extremo de desequilíbrio entre a qualidade de vida dos residentes e a fruição noturna». Na reunião descentralizada destinada a ouvir os munícipes das freguesias da Misericórdia, Santa Maria Maior e Santo António ralizada na noite da passada quarta-feira, o autarca admitiu que naquela zona alfacinha «está mais difícil morar com qualidade e há mais insegurança, há mais expressão de violência, e há mais visibilidade, porventura mais agressividade também relativamente ao tráfico de droga, mais sujidade e um espaço público menos cuidado e menos amigo das pessoas», reconhecendo ainda que «os problemas nos últimos anos se têm agravado» em Santa Catarina.
Requalificação impõe-se
O autarca socialista acrescentou que as soluções passam por «maior presença da Polícia de Segurança Pública», por «instalação de câmaras de videovigilância, em particular na zona do bairro de Santa Catarina», e «por uma atuação relativamente a núcleos já conhecidos» quanto «ao tráfico de droga, que têm de ser desativados». Além disso, Medina referiu que tem de haver uma requalificação do espaço público, «que está hoje muito degradado», defendendo a «limitação horária relativamente à vida noturna ou à utilização noturna na zona do Adamastor».
Por sua vez, a presidente da junta local, da Freguesia da Misericórdia, Carla Madeira, adiantou que desde que o histórico miradouro de Santa Catarina, mais conhecido como Adamastor, foi fechado, o espaço deixou de «acordar coberto de lixo e de pessoas drogadas ou embriagadas». Ainda assim, Carla Madeira manifestou não ter total confiança de que a solução para os problemas da sua freguesia passe «pela colocação de um gradeamento que vede o espaço à noite», mas garantiu estar disponível para «a testar».