“Sou demasiado modesta”
Vanessa Hudgnes, a ex-estrela da Disney apresentada ao mundo na série de filmes uma mulher de corpo inteiro. Agora, à beira de fazer 30 anos, volta ao grande ecrã com a comédia
Com tanta delicadeza e profissionalismo discreto, toda ela é rebuçado colorido que uma pessoa consegue entreter na boca durante várias horas. Não irrita. Não procura protagonismo. Apenas acrescenta à vida enquanto se mantem no seu cantinho quente a fazer as maravilhas do costume. Sim, esta semana damos as boasvindas a Vanessa Hudgens por ocasião do filme divertido Dog Days - Vidas de Cão. A atriz veio do norte da Califórnia – de Salinas, perto de São Francisco – e tem na sua malinha genética um banquete de especiarias fortes, com acento pronunciado nas texturas filipinas e espanholas que a mãe dela trouxe para afamília.acarreiraemhollywoodsurgiu-lhe como um milagre merecido, uma vez que já mostrara talento em tudo que era peça de teatro ou musical mexido que ela e os amigos tinham por hábito produzir no liceu da cidade. Foi assim que a Disney a descobriu e elegeuaingénuadocenasériehighschool Musical. Esta semana, leve e certeira comovaisendoseuhábito,adornaatela docinemanumahistóriaqueincluinamoros, recuperações, lições e cães destravados que indicam o caminho a seguir. Espera, quer isto dizer que vai havervanessalindaecãesadoráveisnum mesmo filme? Tanta lição de amor numamesmahistória. Ofim-de-semana vai ser marcado por caudas a abanar de contentamento puro.
Vanessa, sei que vai fazer 30 anos daqui a uns dias. Ou seja, apresta-se a entrar numa fase nova da sua vida. Agora que começa a sua terceira década de dança e felicidades várias, fale-me das suas revoluções interiores. Tudo bem no horizonte?
É absolutamente de doidos, esta sensação de estar agora a entrar numa nova fase da minha carreira. Ainda nem sequer fiz 30 anos. Mas, como comecei a trabalhar nos filmes logo aos 13 anos de idade, o progresso da idade exige que eu me mostre pronta e disposta a enfrentar o que virá a seguir. Que balanço dos tempos posso providenciar? Bom, desde logo tenho aquilo que aprendi. Fico com a sensação de que a minha década dos 20 foi genuinamente épica. Aprendi tanto sobre mim mesma, sobre aquilo em que acredito, sobre aquilo em que me quero transformar. E reparo também que o processo é contínuo. Nunca paramos essa morfologia pessoal. Lembro-me de, aos 25 anos, ter acordado a pensar: que bom, já percebi como é que a vida funciona, já sei que tipo de pessoa sou, está tudo bem e daqui em diante vai ser apenas velocidade de cruzeiro para os destinos mais aprazíveis. Mas, uns dias depois, quando dei comigo a festejar os 27 anos de idade, acordei com a certeza de que não sabia nada. Não fazia ideia o que andava aqui a fazer, que tipo de pessoa eu era, quais eram os meus valores e qual era a minha personalidade. Tudo isso.
E agora, como se sente? Suponho que tanto elemento
Nestes últimos meses tenho imaginado que consegui conquistar, finalmente, algum controlo sobre as coisas. Dou comigo a alinhar prioridades, a fazer um plano, a colocar as peças certas no sítio certo de maneira a que algo possa acontecer num futuro próximo. Só assim vou poder entrar descansada neste meu segundo ato da vida. Quero sentir que cheguei a um espaço mais fluído, mais organizado e simples de operar, sem distrações.