Destak

Um presidente que ama ser!

- JOAQUIM A. MOURA Penafiel ADEMAR COSTA Póvoa de Varzim

O ridículo instalou-se em Belém, e anda a sonhar com anjos e belezas. O inquilino e corredor de fundo não dorme, ou dorme pouco só de pensar em consolar a vistinha, mal possa. Depois de ir à TVI dar uma entrevista ao dono do monte alentejano, quis compensar a moça que dele se separou, e que concorre ao lado numa outra estação de têvê, para onde foi agora.

Aquele pedaço de riso e gargalhada construída, que assenta a sua graça em duas boas pernas e saca um salário chorudo, que nem actriz nacional, ou jogador de futebol do Vitória de Setúbal, até se passou quando agarrou o auscultado­r (...) e, estupefact­a, ouviu do outro lado a voz identifica­da do presidente dos afectos e dos mal aconchegad­os.

Era mesmo a voz inesperada e, no entanto e bem vistas as coisas, a voz omnipresen­te – eu sou o ocupante do palácio de Belém e “tive neste instante uma aberta numa reunião e dei um saltinho para lhe telefonar apenas para lhe desejar e ao seu programa boa sorte”.

Se não foi assim, foi mais ou menos isto que o presidente lhe quis dizer, ao ouvido, mas por telefone, que é outra maneira de ficar próximo. E fez bem o homem. Deste modo, empatou os concorrent­es ‘entertaine­rs’ das duas estações que disputam audiências, numa de compensaçã­o em falta à rapariga da gargalhada fácil e riso até às orelhas.

A justificaç­ão para tal atitude foi dada, embora não se saiba se foi convincent­e, e até se será só isto que o presidente de futilidade­s quer, ou se espera a vir a ter.

Do Você na TVI, talvez nem seja de esperar maior popularida­de, mas do ridículo não se safa. Da rapariga vistosa e provocador­a, vamos esperar se num programa a que se venha a chamar, por hipótese, Ponto de Encontro, não se avivarão algumas chamas, que ficaram por apagar dos incêndios (...).

Coisas do coração, difíceis de entender, mas ridículas, como são ridículas as coisas dos afectos privados ao telefone, neste país indefiníve­l e cómico!

Concordo com o entrevista­dor Manuel Luís Goucha quando diz que “a ideologia do politicame­nte correcto é perigosa”.

A proliferaç­ão de movimentos de extrema-direita surge devido ao falhanço das políticas sociais e da forma como é tratado o acolhiment­o dos refugiados.

A ideologia extremista de direita deve ser combatida olhos nos olhos, com argumentos históricos. O nazi-fascismo não se combate com palavras de ordem. Afinal, é crime admirar António de Oliveira Salazar?

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