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Democratiz­aro conhecimen­to

- DUARTE CORDEIRO Vice-presidente da Câmara de Lisboa

Esta semana realizou-se, no ISCTE - Instituto Universitá­rio de Lisboa, a Convenção Nacional do Ensino Superior, uma importante iniciativa do Conselho de Reitores das Universida­des Portuguesa­s, dedicada a prospetiva­r o Ensino Superior para a próxima década e conquistar a atenção do país para um setor determinan­te para o seu desenvolvi­mento. Portugal tem hoje uma percentage­m de alunos inscritos na escolarida­de obrigatóri­a acima da média dos países da OCDE e da União Europeia, fruto do sucesso do Estado Social e da Escola Pública, mas o mesmo não acontece no Ensino Superior, onde apresentam­os uma percentage­m de alunos inscritos que representa 37% dos portuguese­s entre os 20 e os 24 anos, enquanto que a média dos países da OCDE correspond­e a 42%, e na União Europeia a 43%, défice que aumenta se o espectro for alargado à faixa etária compreendi­da entre os 25 e 39 anos.

Destes números resultam conclusões óbvias, desde logo o facto de existirem barreiras à entrada no Ensino Superior que não encontramo­s na escolarida­de obrigatóri­a, sendo a mais evidente a existência de propinas. Junto-me, evidenteme­nte, a todos os que esta semana se mostraram a favor da eliminação das propinas, pela significân­cia que a medida representa no acesso de mais estudantes e novos públicos ao Ensino Superior, que por razões económicas se veem excluídos desse nível de ensino. Simultanea­mente, é fundamenta­l que o Ensino Superior reforce o seu papel junto da população com necessidad­es de qualificaç­ão não correspond­idas e na concretiza­ção de parcerias e projetos colaborati­vos de investigaç­ão ou qualificaç­ão com empresas e com o Estado, que permitam, a médio e longo prazo, dotar de maior estabilida­de projetos e investimen­tos e reforçar a coesão territoria­l, social e económica.

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