Melhores condições para 900 mil pessoas
Número de trabalhadores abrangidos por contratação coletiva voltou a aumentar 10% em 2018 face ao ano anterior. Registado maior número de acordos desde 2010
Depois da quebra verificada durante os anos da troika, a contratação coletiva está a recuperar o peso perdido. Em 2018, o número de trabalhadores abrangidos por contratos coletivos de trabalho, acordos coletivos e acordos de empresa negociados entre empregadores e representantes dos trabalhadores ultrapassou os 900 mil. É um crescimento de 10% face aos 821 mil de 2017, que por sua vez já representava um aumento de 10% face aos 750 mil de 2016.
Os dados ontem revelados pelo Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social mostram que, apesar da recuperação em curso desde 2014, o número de beneficiados está ainda longe do registado há sete anos, quando era de 1,2 milhões. De qualquer forma, em 2018 foram publicadas 220 convenções coletivas (contra 208 em 2017), o número mais elevado desde 2010.
Em termos médios, o número de trabalhadores abrangidos ultrapas- sou os 75 mil por mês em 2018, mais do dobro do que a média de 27 mil por mês durante o período 2012-2015. Por outro lado, 14% das convenções publicadas entre 2016 e 2018 são novas convenções.
O secretário de Estado do Emprego avançou que, no terceiro trimestre de 2018, os aumentos salariais definidos na negociação coletiva foram em média de 3,4%. “Metade das convenções (51%) que alteraram as tabelas salariais estipularam salários acima do salário mínimo” – 580 euros em 2018 –, acrescentou Miguel Cabrita. Nesse período 316 mil trabalhadores passaram a receber acima do salário mínimo nacional.