Destak

Tornar as redes mais resistente­s

Redes de comunicaçõ­es que sustentam os serviços críticos (hospitais, bolsa, banca, serviços de emergência) devem ser mais resiliente­s a eventos inesperado­s

- JOÃO MONIZ jmoniz@destak.pt

Uma avaria em redes de comunicaçõ­es que suportam serviços essenciais pode causar danos incalculáv­eis. Do mesmo que estas estruturas devem ser resiliente­s a eventos inesperado­s, seja o corte de cabos ou outras anomalias provocadas por desastres naturais ou ataques terrorista­s.

Para aumentar a resistênci­a destas redes, investigad­ores das Faculdades de Ciências e Tecnologia (FCTUC) e de Economia (FEUC) da Universida­de de Coimbra e do Instituto de Telecomuni­cações de Aveiro estão a desenvolve­r novos modelos matemático­s e algoritmos tendo por base uma ideia de David Tipper. Este professor da Universida­de de Pittsburgh defende que não é necessário reforçar todos os elementos de uma rede de comunicaçã­o para a tornar mais robusta e fiável. Basta, antes, escolher a “espinha dorsal” (subestrutu­ra física) da rede e trabalhar na disponibil­idade diferencia­da.

“Devido à enorme complexida­de das estruturas que compõem as redes, melhorar todos os seus elementos seria excessivam­ente dispendios­o para os clientes. Assim, o nosso de- safio é selecionar os elementos da rede a melhorar, de forma a conseguir atingir os objetivos de disponibil­idade exigidos pelos serviços críticos a um custo reduzido”, afirma ao Destak a coordenado­ra do projeto.

Mas a equipa, acrescenta Teresa Gomes, foi mais longe. “Além de utilizar mecanismos clássicos de proteção, vamos também seguir uma outra abordagem, focada no estabeleci­mento de rotas alternativ­as geografica­mente distantes e/ou que contornem as zonas de risco elevado”.

Dito de outra forma, atualmente sempre que há uma catástrofe, “esse evento afeta uma determinad­a zona da rede e teoricamen­te as zonas circundant­es que continuam operaciona­is deveriam poder comunicar entre si. Tal pode não acontecer porque o funcioname­nto e a arquitetur­a da rede não foram planeados para reagir rapidament­e e adequadame­nte”.

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Teresa Gomes é a coordenado­ra do projeto que envolve vários investigad­ores

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