Incerteza volta à mesa das negociações
Impasse político no Reino Unido agrava cenário de preocupação. Governo apresenta várias medidas
Amoção de censura ao governo britânico foi rejeitada por 19 votos: 306 a favor e 325 contra. Theresa May sobrevive à contestação e terá que apresentar um plano B para o Brexit até segunda-feira. Mas não será fácil chegar a um entendimento.
A UE, através do seu negociador chefe que hoje está em Lisboa para participar no Conselho de Estado, mostrou abertura para rever alguns aspetos do entendimento, mas a primeira-ministra britânica não abdica de efetivar a saída a 29 de março. O que também choca com a exigência da maioria da oposição de que seja assegurado que não se irá verificar um Brexit sem acordo.
Ainda durante a manhã de ontem, antes da votação, o Banco de Inglaterra avançava que os mercados estão a sinalizar um adiamento da saída. Mas isso não impediu que sejam cada vez mais os sinais de preparação para uma saída desordenada, nomeadamente por parte de Portugal.
A Confederação da Indústria, o governo regional da Madeira e os partidos da oposição mostraram-se preocupados com as consequências para Portugal – o próprio ministro da Economia admitiu que as exportações deste ano poderão ser afetadas –, enquanto o Governo avançou mais algumas das medidas que está a preparar.
Esta semana será aprovado um “plano de contingência” para pessoas e empresas no Reino Unido e os consulados serão reforçados com meios humanos e informáticos.