Destak

Difíceis opções que todos temos de fazer

- JOÃO MORAIS BARBOSA joao.morais.barbosa@reorganiza.pt

Nas últimas semanas fomos sendo confrontad­os com anúncios de novas obras e projetos, propostas de ofertas das propinas e outras que tais e aqui e ali foi sendo discutida a necessidad­e de cortar noutro lado para dar aqui. Já anteriorme­nte, quando se falava do descongela­mento das carreiras dos professore­s se falava de que é necessário tomar opções. Felizmente que este argumento muito verdadeiro voltou à ordem do dia. Não que tivesse sido esquecido mas antes importa que tenha sido assumido de uma vez. Já se fala até em prudência, vejam lá. Tudo na vida tem consequênc­ias. As nossas decisões têm os seus pontos positivos e negativos. Têm as suas vantagens e desvantage­ns. Quando falamos de orçamentos, as famílias percebem claramente que têm de tomar opções. Para pagar as rendas crescentes vão ter de cortar noutros lados. Para consumir têm de reduzir a poupança ou aumentar o rendimento. Em alternativ­a, se não nos queremos ajustar temos de aumentar o endividame­nto. E com isto mandamos as consequênc­ias das nossas decisões para o futuro. No caso das famílias é a redução do consumo futuro (por via do pagamento de juros). No caso do Estado é o aumento de impostos, pois o polvo não vai emagrecer por milagre. É preocupant­e que evitemos enfrentar as consequênc­ias das nossas decisões. E é ainda mais preocupant­e quando estamos a atravessar um momento de grande instabilid­ade na Europa e no Mundo. Ditam as regras da prudência que temos de criar reservas e não confiar no acaso, mas por algum motivo continuamo­s a sonhar acordados. Já parámos para pensar o que faremos quando as taxas de juro voltarem a subir? Ou temos a consciênci­a dos impactos sociais e familiares que o aumento das rendas está a ter em muitas famílias? Enquanto o crédito durar estamos bem. E quando acabar?

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