Difíceis opções que todos temos de fazer
Nas últimas semanas fomos sendo confrontados com anúncios de novas obras e projetos, propostas de ofertas das propinas e outras que tais e aqui e ali foi sendo discutida a necessidade de cortar noutro lado para dar aqui. Já anteriormente, quando se falava do descongelamento das carreiras dos professores se falava de que é necessário tomar opções. Felizmente que este argumento muito verdadeiro voltou à ordem do dia. Não que tivesse sido esquecido mas antes importa que tenha sido assumido de uma vez. Já se fala até em prudência, vejam lá. Tudo na vida tem consequências. As nossas decisões têm os seus pontos positivos e negativos. Têm as suas vantagens e desvantagens. Quando falamos de orçamentos, as famílias percebem claramente que têm de tomar opções. Para pagar as rendas crescentes vão ter de cortar noutros lados. Para consumir têm de reduzir a poupança ou aumentar o rendimento. Em alternativa, se não nos queremos ajustar temos de aumentar o endividamento. E com isto mandamos as consequências das nossas decisões para o futuro. No caso das famílias é a redução do consumo futuro (por via do pagamento de juros). No caso do Estado é o aumento de impostos, pois o polvo não vai emagrecer por milagre. É preocupante que evitemos enfrentar as consequências das nossas decisões. E é ainda mais preocupante quando estamos a atravessar um momento de grande instabilidade na Europa e no Mundo. Ditam as regras da prudência que temos de criar reservas e não confiar no acaso, mas por algum motivo continuamos a sonhar acordados. Já parámos para pensar o que faremos quando as taxas de juro voltarem a subir? Ou temos a consciência dos impactos sociais e familiares que o aumento das rendas está a ter em muitas famílias? Enquanto o crédito durar estamos bem. E quando acabar?