Quantas Cristinas há?
A operária corticeira Cristina Tavares foi despedida depois de denunciar assédio moral continuado e porque lutava pelos seus direitos laborais.
O patronato cilindra os trabalhadores a seu bel-prazer respaldado em leis do Código de Trabalho ‘passista’/’troikista’.
O seu ‘trabalho’ era transportar a mesma palete pesada, durante largo tempo, de um lado para o outro (!).
Esta reles violência psicológica encerra esclavagismo mitigado. Tal patifaria deve ser punida!
A direita radical do CDS e do PSD primam pelo silêncio no que toca aos direitos do trabalho. Neste caso, o que é que a esquerda parlamentar fez para obviar aquela inqualificável situação arrastada há demasiado tempo…?
A Associação Portuguesa de Cortiça, queda e muda, pactua com aquele despedimento selvagem.
A despedida enquadra-se numa família monoparental, com um filho deficiente a cargo. Roubaram o pão a duas pessoas. Cristina Tavares disse ao Jornal de Notícias: “Não vou desistir, quero o meu posto de trabalho. Vou pedir à assistente social alimentos”. O patronato é inimputável.
Cristina Tavares precisa de ajuda. De solidariedade activa. Tem apoio do seu sindicato. A digna coragem desta operária ganhou à repugnância patronal!
Quantas Cristinas há?
Seria uma babel de bandidos topo de gama, misturados com tal escória, num verdadeiro baile de malditos, onde os primeiros tudo dizimaram, enquanto os outros miseráveis chupam o manguito e pagam por todos.