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“A minha vida tem sido fascinante”

Já diz o ditado, não há duas sem três: prova disso mesmo é o novo terceiro capítulo da explosiva saga de ação protagoniz­ada pelo agente secreto Mike Banning. Inevitavel­mente, fomos falar com Gerard Butler

- REDAÇÃO redacao@destak.pt

Embora Gerard James Butler tenha ar de viver num daqueles anúncios para desodoriza­nte fresco e intenso usado por homens de barba rija que gostam de escalar montanhas e glaciares, a verdade é que ele é um doce suave, discreto e delicado. Deve ser a natureza escocesa. Ar indómito, coração de criança. No novo

aparece ao lado de outro rochedo de masculinid­ade, o ator Morgan Freeman, numa aventura explosiva em que se fala de política e de agentes especiais caídos na desgraça. Lá está outra vez o nosso Gerard cheio de boas maneiras a saltar outra vez para as águas geladas de um rio, ou para o meio de um tiroteio em curso. Já deve estar habituado. É dele o território da ação musculada, quando só mesmo um homem de frescura incansável consegue salvar o Mundo num dia normal. É signo Escorpião de novembro de 1969, pronto para controlar de forma hipnótica e desarmante.

Os seus filmes são quase sempre marcados por um grande grau de perigo e acrobacia na presença de balas ou objetos cortantes. O Gerard já se viu, pessoalmen­te, metido nalguma pancadaria de rua ou roubo à mão armada?

Sim, já me vi metido num par de situações assustador­as, uma vez que cresci na Escócia. Mas, devo acrescenta­r, também já me senti cheio de medo quando passeava ao longo da Venice Beach, em Los Angeles. Não é que eu seja um daqueles tipos que se mete constantem­ente em apuros. Nunca estou armado, nem levo uma navalha no bolso. Mas já tive umas quantas facas de ladrão encostadas à pele. Foi o que me aconteceu em Venice Beach. O gajo devia estar drogado, ou algo assim. E na Escócia também percebi que havia muita atividade de gangues um pouco por todo o lado. Ainda houve uma altura que passei mal, quando me ameaçaram e me deixaram com umas nódoas negras.

Gosto muito da relação fiel, filial e paternal que existe entre o ‘seu’ guarda-costas e o presidente, neste filme. Numa aventura com tanta testostero­na, foi uma surpresa deparar com tanta amizade masculina. Na sua vida privada, qual foi até agora a sua grande demonstraç­ão afetiva quando se fala de amor?

Bolas, que pergunta. Qual foi até agora o meu maior ato de amor? Bom, uma vez que nunca estive casado nem nunca passei por uma fase inicial de noivado, diria que as grandes demonstraç­ões de amor e afeto têm sido partilhada­s com a minha mãe. Repare que cresci sem a presença masculina de um pai – ou de um tio, como acontece com a maioria das crianças.

No caso da minha mãe, segui o percurso natural. Primeiro foi ela a cuidar de mim. Com o passar dos anos a responsabi­lidade foi mudando e, agora, sou eu quem cuida um bocadinho dela – uma vez que sou o tipo de filho que teve algum sucesso. Detesto colocar num mesmo patamar o amor e o dinheiro, mas a verdade é que já me foi possível comprar-lhe mais do que, simplesmen­te, um carro em segunda mão.

Como é que agradou a sua mãe amorosamen­te, nos últimos anos?

Cuidar um nadinha mais da minha mãe significou colocar à disposição dela uma

“Já me vi metido num par de situações assustador­as, uma vez que cresci na Escócia”

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