Horário de trabalho com flexibilidade
Homens são os que têm mais autonomia no trabalho, e fora do horário laboral são os que mais atendem chamadas por motivos profissionais, revela o INE
Ohorário de trabalho de quase dois terços dos trabalhadores portugueses é definido pela entidade empregadora, mas a mesma proporção de trabalhadores diz conseguir ausentar-se facilmente do emprego, por curtos períodos de tempo, durante uma ou duas horas, por motivos pessoais ou familiares.
Tirar um ou dois dias de férias planeadas com pouca antecedência é fácil para mais de 42% da população empregada, percentagem que cai para 28,7% quando considerados os trabalhadores com contrato com termo. As conclusões são do inquérito do INE - Instituto Nacional de Estatística, relativo ao 2º trimestre de 2019, que visa a caracterização do mercado de trabalho em Portugal.
28,8% trabalha sob pressão
A esmagadora maioria da população empregada em Portugal trabalha fora de casa (78,%) e 68,7% demora menos de 30 minutos no trajeto de casa para o trabalho.
Já no que diz respeito à pressão no local de trabalho, 28,8% dos trabalhadores afirma “trabalhar sempre, ou muitas vezes, sob pressão de tempo, tendo de terminar tarefas e trabalhos ou tomar decisões dentro de prazos considerados insuficientes”. Pouco mais de um terço dos trabalhadores (34,1%) diz ter muita ou total autonomia para decidir a ordem e o modo como executa as suas tarefas no trabalho, situação que é mais frequente entre os homens, com 35,9%, face a 32,4% das mulheres.
As mulheres são quem menos frequentemente tem de alterar o seu horário de trabalho diário (66,4%) devido a exigências do trabalho, clientes ou dos superiores hierárquicos.
De acordo com o INE, mais de metade da população empregada (55,3%) refere nunca ter sido contactada profissionalmente fora do horário de trabalho durante os últimos dois meses. Ainda assim, esta situação é reportada mais frequentemente por mulheres (59,7%) do que por homens (50,9%).