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Cancro do pâncreas mata a dobrar

Aumento do número de vítimas mortais da doença dos 50 aos 54 anos está a preocupar os especialis­tas

- REDAÇÃO redacao@destak.pt

As mortes por cancro do pâncreas mais do que duplicaram em Portugal nos últimos 25 anos, tendo passado de 701 mortes em 1991 para 1.415 em 2015. Mais recentemen­te, em 2017, registaram-se 1.535 mortes devido à mesma doença, de acordo com os dados divulgados pela Sociedade Portuguesa de Gastrenter­ologia (SPG). Quase todas as mortes (99%) ocorreram em pessoas com mais de 40 anos, sendo o “pico máximo” entre os 75 e os 79 anos – com os homens a ser mais afetados do que as mulheres numa relação de 14,12 por 100 mil habitantes, enquanto no caso das mulheres regista-se uma média de 8,88 casos por 100 mil habitantes.

Na opinião de Pedro Marques da Costa e Rui Tato Marinho, autores do estudo, um dos dados mais alarmantes do relatório é o cresciment­o acentuado da mortalidad­e entre os 50 e os 54 anos, o que, a manter-se esta tendência, poderá significar num futuro próximo um número crescente de mortes por cancro do pâncreas em idades cada vez mais precoces.

Alentejo e Açores lideram

No que diz respeito à esperança média de vida, após o diagnóstic­o de cancro no pâncreas, o presidente da SPG, Rui Tato Marinho, afirmou que “uma pessoa vive em média menos de cinco meses”, advertindo para o facto de este ser “um dos [cancros] mais mortais, se não mesmo o mais mortal ao cimo da terra”, com os Açores e o Alentejo a revelar uma maior tendência de casos.

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Homens são os mais afetados pela doença: 14,12 por cada 100 mil habitantes
© ISTOCKPHOT­O Homens são os mais afetados pela doença: 14,12 por cada 100 mil habitantes

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