Como controlar o consumo?
Iniciamos a caça à carteira do consumidor. Uma época repleta de confusão que nos pode levar a questionar a razoabilidade de determinados comportamentos. Nesta época somos levados a gastar acima dos nossos desejos, com apelos à emoção. Pensamos com o coração. Assim, algumas dicas podem ajudar-nos a controlar o nosso consumo.
Em 1º lugar, devemos procurar fazer coincidir o pagamento com o ato de consumo. Diz-nos a economia comportamental que quando consumimos, temos dois sentimentos contraditórios. O prazer do consumo e a dor do pagamento. As estratégias de marketing procuram aumentar o prazer e mitigar, disfarçar ou eliminar a dor do pagamento (por exemplo, com o apelo ao pagamento em cartão ou ao pagamento com cartão de crédito). Logo, devemos pagar com dinheiro, sempre que possível. Em 2º lugar, devemos procurar tornar os custos salientes. Quer isto dizer que devemos saber quanto estamos a pagar e pelo que estamos a pagar. Falamos aqui das compras com dinheiro e com a comparação objetiva de produtos, seja pela análise do custo unitário de determinado produto seja pela análise da TAEG nos contratos de crédito. Finalmente, temos de perceber que o custo de um produto ou serviço tem um preço associado ao contexto, pelo que devemos escolher com cuidado onde fazer determinada compra. A lógica é simples, o preço de uma cerveja no café da esquina é diferente do preço da mesma cerveja vendida num restaurante, numa discoteca ou num hotel. Logo, se queremos ter uma maior noção da razoabilidade de determinado preço, devemos escolher locais de consumo tipicamente mais baratos. Gastar dinheiro não tem nada de errado, mas se queremos ser livres devemos definir limites e respeitá-los, garantindo que consumimos segundo os nossos desejos e não com os desejos impostos pelas estratégias de marketing agressivas da altura.
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