No âmbito de ‘O Jardim Secreto’, filme recentemente estreado no cinema, o Destak falou com Colin Firth sobre os locais onde (não) nos sentimos bem
Quase, quase a fazer 60 anos mas eternamente charmoso, Colin Firth apresenta aquilo a que antigamente se costumava chamar Star Quality. A espinha dorsal elegante chega-lhe de longe e até já adquiriu a aura mítica do explorador britânico que consegue fazer, e ter, chá mesmo quando nos antípodas do que lhe é familiar. No fundo, é isso. Embora desbravando os submundos de Hollywood e os cadafalsos do estrelato no cinema, Colin, o icónico, tem mantido a sua tremenda delicadeza de homem gentil. Não importa que esteja a comandar milhões nas bilheteiras quando faz de namorado da Bridget Jones. Não importa que esteja esculpido na glória dos Óscares com o trabalho do filme ‘O Discurso do Rei’. Não importa que tenha aquele estilo irrepreensível de James Bond internacional, talvez adquirido com os anos que viveu na Nigéria ou noutro qualquer paraíso onde tudo é beleza natural. Com o senhor Colin o espaço habitado é elegante e suave e agradável, com humor perfeitamente calibrado à mistura. No novo ‘O Jardim Secreto’, a tal história de inocência florida agora em versão mais acessível à geração ‘millennial’, lá está ele outra vez a dar impressão de que tudo é fácil ao mesmo tempo que empresta peso e substância às palavras e ao drama. Classe sem imposição com um toque de luva branca.
Tema: fauna, flora, zonas arborizadas e verdes e outros lugares aprazíveis que algumas pessoas têm por autênticos jardins do éden. Pergunta: que relação tem com borboletas?
São criaturas milagrosas. Não sou especialista em matéria de borboletas mas confesso que, às vezes, vou visitar a Butterfly House, em Londres. Acho que, agora, faz parte do Museu de História Natural. Mas, voltando às borboletas, são verdadeiros milagres da natureza. É muito difícil passear naquele espaço, observar as borboletas e continuar a ser resolutamente ateu. O design é absolutamente incrível. Uma pessoa pode olhar para uma flor e achar aquilo uma maravilha. Faço isso frequentemente. Acho que toda a gente faz. Ou devia fazer. Trata-se de uma realidade tão delicada e complexa, organizada com uma precisão extraordinária e totalmente inacreditável. Com as borboletas, mesmo que já tenhamos visto ao pormenor nos
“Uma borboleta incute em nós uma sensação de liberdade e maravilhamento”