Setor público sem inteligência artificial
54% das entidades do setor público acha que tem estruturas de Inteligência Artificial limitadas e metade afirma que ainda não implementou nenhuma
65% dos inquiridos europeus considera a IA uma prioridade face a 64% dos inquiridos portugueses
Amaioria (54%) das entidades do setor público considera que tem estruturas de Inteligência Artificial (IA) limitadas e metade afirma que ainda não implementou nenhuma, revela um novo estudo da EY e da Microsoft, intitulado Inteligência Artificial no Setor Público e realizado em 12 países europeus (Áustria, Bélgica, Dinamarca, Espanha, Finlândia, Holanda, Irlanda, Itália, Noruega, Portugal, Suécia e Suíça), com a participação de 213 organizações, 23 das quais portuguesas. De acordo com o estudo, “54% dos inquiridos portugueses revela que tem estru
DISTINÇÃO turas de IA limitadas face a 48% das instituições europeias, e 50% refere que não implementou IA em nenhuma área da organização em comparação à média europeia, com 28%”. O estudo conclui também que 65% dos inquiridos europeus considera a IA como uma prioridade face a 64% dos inquiridos lusos.
“Poucas soluções”
Os autores analisaram três áreas do setor público nacional – Administração
Pública, Saúde e Transportes – e concluíram que a maioria das tecnologias usadas por empresas públicas “são soluções limitadas de IA que permitem aumentar a eficiência e a qualidade do serviço”, dando como exemplo a tecnologia usada pelo Instituto da Segurança Social (ISS). Entre as 23 entidades portuguesas que participaram no estudo estão a Associação Portuguesa dos Administradores Hospitalares; a Autoridade da Mobilidade e dos Transportes; várias Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional: o Centro de Engenharia e Desenvolvimento; a Entidade Reguladora das Águas; o ISS; os IPO de Coimbra e de Lisboa; vários municípios; os Transportes Sul do Tejo; e o Tribunal de Contas.