Uma em cada três crianças é obesa
Estudo revela que oito em cada 10 crianças consome até três vezes por semana doces e salgados e sete em cada 10 bebe refrigerantes açucarados
As prevalências de excesso de peso e obesidade infantil baixaram em todas as regiões do país entre 2008 e 2019, mas este problema ainda atinge uma em cada três crianças em Portugal, segundo um estudo divulgado pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA).
O estudo, que envolveu 8 845 crianças de 228 escolas do 1.º Ciclo do Ensino Básico, no ano letivo 2018/2019, revela ainda que oito em cada 10 crianças consome até três vezes por semana doces e salgados e sete em cada 10 bebe refrigerantes açucarados. A análise da frequência de consumo semanal de alimentos e bebidas reportado pelas crianças, com idades entre os seis e os oito anos, mostrou que 16% consome quatro ou mais vezes por semana snacks doces (biscoitos/bolachas doces, bolos, donuts) e 80% fá-lo até três vezes por semana. Na mesma frequência, 71,3% das crianças bebe refrigerantes açucarados, sendo que 14,1% consome estas bebidas quatro ou mais vezes por semana. O consumo até três dias por semana de snacks salgados, como batatas fritas de pacote, folhados ou pipocas, foi apontado por 82,4% das
COVID-19 crianças, adianta o estudo.
Os Açores (35,9%), a Madeira (31,7%) e o Norte (31,3%) foram as regiões que apresentaram maiores prevalências de excesso de peso e o Algarve a menor (21,8%). As maiores prevalências de obesidade infantil foram observadas nas regiões Norte (12,3%), Centro (13,4%), na Madeira (13,7%) e nos Açores (17,9%) e a menor no Alentejo (9,6%). A prevalência do excesso de peso e a obesidade infantil é mais prevalente nos rapazes do que nas raparigas. A prevalência de obesidade infantil aumenta com a idade, atingindo 15,7% das crianças de 8 anos, incluindo 4,9% de obesidade severa, e 10,7% das crianças com seis anos, 2,6% das quais com obesidade severa.
Um outro estudo revela que a obesidade e o excesso de peso representam um custo direto anual de 1,2 mil milhões de euros em Portugal, um valor equivalente a 0,6% da riqueza produzida no país.