Revolução à vista no futebol português
Da centralização dos direitos audiovisuais à justiça desportiva, são várias as mudanças em perspetiva
ALiga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) elaborou um caderno de encargos ambicioso que, a ser cumprido na totalidade, implica uma autêntica revolução no futebol português. Isto porque os objetivos globais fixados pela organização que aglomera os clubes abrangem várias áreas, com alterações que vão redefinir os pilares das competições.
Uma das prioridades passa por dar maior celeridade à justiça desportiva. Os conselhos de Disciplina e de Justiça estão sob a égide da Federação Portuguesa de Futebol, mas a LPFP quer melhorar o que pode: a Comissão de Instrutores (a PJ do futebol, por assim dizer) será profissionalizada, de modo a que os inquéritos demorem metade do tempo. Pretende-se, ainda, aumentar as sanções, com uma mudança dos regulamentos que são aprovados pelos clubes.
A LPFP também criou um novo Departamento de Segurança e tem insistido com o Governo para que mude a legislação de modo a afastar os prevaricadores dos estádios. A ideia é tornar a ida ao futebol mais segura, para que as bancadas estejam cada vez mais cheias. Nesse sentido, os jogos serão ainda mais concentrados ao fim de semana e os horários revistos. Aumentar o tempo útil de jogo é outra das metas fixadas.
Objetivo fundamental é a centralização dos direitos audiovisuais. Essa solução será obrigatória a partir de 2028/29, mas a LPFP espera antecipar esse calendário, de modo a aumentar a receita e distribui-la de forma mais equitativa por todos.
Tornar os estádios mais seguros e mudar horários dos jogos para ter mais pessoas nas bancadas