Álcool na gravidez prejudica fetos
Investigadores analisaram exames de ressonância magnética de 24 fetos entre as 22 e as 36 semanas de gestação com exposição ao álcool
Oconsumo de álcool durante a gravidez, mesmo em baixas quantidades, pode alterar a estrutura cerebral do bebé, causar problemas comportamentais ou atrasos na fala e na linguagem, indica um estudo divulgado na reunião anual da Sociedade Radiológica da América do Norte. Os investigadores analisaram exames de ressonância magnética de 24 fetos entre as 22 e as 36 semanas de gestação com exposição ao álcool, tendo esta sido determinada através de inquéritos anónimos feitos às mães.
Em fetos com exposição ao álcool, o nível de maturação fetal total era "significativamente menor" do revelado nos controlos da mesma idade, sendo menos profundo o sulco temporal superior direito. Os investigadores observaram alterações cerebrais mesmo nos fetos com baixos níveis de exposição ao álcool. "Dezassete das 24 mães bebiam álcool com pouca frequência, com um consumo médio de menos de uma bebida por semana", indica Patrick Kienast, um dos autores do estudo, assinalando que mesmo nestes casos foram detetadas "mudanças significativas nesses fetos com base na ressonância magnética pré-natal". Três das mães bebiam de uma a três bebidas por semana e duas mães bebiam de quatro a seis semanalmente. Uma das grávidas consumiu uma média de 14 ou mais bebidas por semana e seis relataram pelo menos uma situação de consumo excessivo de álcool (mais de quatro doses na
Consumo de álcool pode alterar a estrutura cerebral do bebé
mesma ocasião).
“Infelizmente, muitas mulheres grávidas desconhecem a influência do álcool no feto, alerta Patrick Kienast, que apela às grávidas para evitarem as bebidas alcóolicas.