ASAE abre processo crime por venda a menores
JUSTIÇA A loja de Beja onde terão sido vendidos fertilizantes a três menores – que foram depois internadas – está a ser investigada
A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica ( ASAE) instaurou um processo- crime contra uma smartshop de Beja, onde terão sido compradas substâncias psicoativas consumidas por três adolescentes da cidade que foram parar ao hospital, onde permaneceram durante 18 horas.
O processo- crime, “por corrup- ção de substâncias alimentares e medicinais”, foi instaurado na sequência de uma fiscalização efetuada, no passado sábado, por duas brigadas da ASAE, à loja que “presumivelmente vendeu as substâncias psicoativas”, disse ontem à Lusa fonte oficial da autoridade. Durante a fiscalização, foram apreendidas “217 embalagens de produto suspeito”, no valor de 924 euros, não tendo sido decretada “qualquer suspensão” da atividade por falta de “suporte legal” para a fundamentar.
Para os três jovens, entre os 13 e os 15 anos, aquela havia sido a pri- meira experiência de consumo de substâncias psicoativas. Fumaram fertilizante misturado com tabaco e acabaram transportadas para o hospital pelos bombeiros. “Primeiro entrou uma rapariga a pedir ajuda, dizia que estava a sentir- se muito mal”, recordou ao DN o proprietário do café que socorreu as três adolescentes. “Depois entrou outra e quando a minha mulher estava a ligar para o INEM apercebemo- nos de que estava uma terceira rapariga estendida na rua”, disse Manuel Roque.
O produto consumido pelas três jovens, o CM21, é dos fertili- zantes mais procurados nas lojas portuguesas. Uma dose de 0,5 gramas custa seis euros.
Segundo fonte do hospital de Beja, as adolescentes estiveram “clinicamente estáveis e em observação” no serviço de pediatria da unidade até cerca das 12.30 do passado sábado, quando tiveram alta. Fonte da PSP de Beja adiantou ontem que a polícia está a investigar a smartshop, no âmbito de um inquérito, que foi aberto na sequência de uma ação de fiscalização anterior à do passado sábado e que tinha sido realizada em colaboração com a ASAE. I NSTITUIÇÕES SOCIAIS O ministro da Solidariedade e Segurança Social anunciou ontem o lançamento de uma linha de crédito de 12,5 milhões de euros para “reequilíbrio financeiro” das instituições sociais, à qual o Montepio adicionou 25 milhões. No total, são 37,5 milhões de euros de apoios