Receitas são o problema do futebol português
SALÁRIOS Mário Figueiredo, presidente da Liga, referiu que não existiram incumprimentos dos clubes no controlo feito em dezembro
Mário Figueiredo, presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional ( LPFP), assumiu ontem que os maiores problemas do futebol português estão nas receitas e não nas despesas.
“O problema do futebol português é de receita, não é um problema de despesa”, afirmou Mário Figueiredo, à margem de um seminário sobre “Cumprimento vs Incumprimento Salarial no Futebol Profissional”, tendo assegurado que não foram encontrados incumprimentos no último controlo feito aos clubes profissionais, em 15 de dezembro de 2012: “O próximo controlo [ 15 de abril de 2013] serve também para verificar se os acordos de pagamento dos salários estabelecidos até dezembro estão a ser cumpridos.”
No mesmo evento, a diretora da comissão executiva da Liga, Andreia Couto, adiantou que quando há acordos de pagamento entre clubes e jogadores ou treinadores não podem ser considerados montantes em dívida. “Com a atual conjuntura económica verificamos que o uso do acordo para a regularização dos salários entre o devedor e os credores é uma das medidas mais utilizadas no controlo de 15 de dezembro. O contro- lo de abril vai ajudar a confirmar se os clubes estão a cumprir estes acordos”, explicou.
Já Emanuel Medeiros, diretor executivo da Associação Europeia de Ligas de Futebol ( EPFL), sublinhou que o “respeito pelos contratos, com o cumprimento dos direitos dos jogadores e das obrigações dos clubes, promove uma concorrência leal entre clubes”, enquanto o contrário “desvirtua a integridade das competições”. O mesmo responsável reconheceu que “os clubes pagam mais do que podem” e apelou à “racionalização das verbas envolvidas em transferências e nos montantes dos salários” sem que ocorra uma cartelização do mercado de futebolistas.