Minissérie Spielberg e Hanks voltam à II Guerra Mundial
Dupla volta ao seu tema de inspiração, após êxitos como ‘ Irmãos de Armas’ ou ‘ Resgate do Soldado Ryan’. Desta vez, foco é a força aérea
Nos últimos 16 anos, Steven Spielberg e Tom Hanks já uniram esforças para contar a sua visão da Segunda Guerra Mundial. Agora voltam a fazê- lo, estando já a preparar uma nova minissérie encomendada pelo canal norteamericano HBO e inspirada na obra Masters ofthe Air: America’s Bomber BoysWho Fought the Air War Against Nazi Germany, de Donald L. Miller. Desta vez, Spielberg e Hanks retomam os cargos de produtores executivos, mas a trama da minissérie, ainda sem nome nem data de estreia avançada, irá centrar- se no combate entre as forças aéreas norte- americana e alemã.
A primeira aventura de Spielberg e de Hanks nos cenários da Segunda Guerra Mundial chegou com O Resgate do Soldado Ryan, como realizador e protagonista, respetivamente. O filme épico de 1998 arrebatou a crítica e levou para casa dezenas de prémios, entre eles cinco Óscares e dois Globos de Ouro.
Face ao sucesso, e apenas três anos depois, a dupla volta a abordar o conflito militar que abalou o mundo entre 1939 e 1945 com a minissérie Irmãos de Armas, para a HBO. Com um custo de produção de 93 milhões de euros e um total de onze episódios, a série de 2001 venceu seis Emmys e um Globo de Ouro.
Nove anos depois, Hanks e Spielberg unem forças, mais uma vez, para produzir Pacífico a pedido do mesmo canal norte- americano. Mais uma vez, a crítica rendeu- se à dupla de talentos de Hollywood, tendo vencido oito Emmys por esta minissérie de dez episódios que contou com um orçamento de 148 milhões de euros.
Sobre a inspiração e a curiosidade que tem sobre a Segunda Guerra Mundial, Steven Spielberg revelou que as herdou do seu pai, ex- soldado que serviu o exército durante a guerra, no Sudoeste asiático. A Lista deSchindler ( clássico de 1993) e Cavalo de Guerra ( de 2011, este sobre a primeira grande guerra) são outros exemplos de filmes que realizou sobre esta temática. “Em criança, o meu pai deliciava- me com as histórias da guerra, mesmo que todas elas não tivessem qualquer glamour. Falava- me de patriotismo, de dever, de tédio, de baixa moral. Não são o tipo de coisas que se pensaria que desse um bom filme. Partilhamos o mesmo patriotismo ao tentar honrar a Segunda Guerra Mundial e a geração de veteranos que defendeu e lutou pela nossa liberdade”, rematou Spielberg.