Diário de Notícias

Investigad­ores foram ao local do acidente recolher provas

SERTÃ Equipa de investigaç­ão de acidentes rodoviário­s é a mesma que apurou as causas do desastre de 2007, na A23, com 18 mortes

- CÉLIA DOMINGUES, Castelo Branco

Os elementos do Núcleo de Investigaç­ão Criminal a Acidentes Rodoviário­s ( NICAV) da GNR de Castelo Branco estiveram ontem no local do acidente de autocarro no IC 8, a recolher provas sobre as causas do acidente.

As ações do inquérito ao sinistro, determinad­o pelo Ministério Público por despacho, desenvolve­ram- se ontem através da recolha de dados no local do acidente. Nesta fase de investigaç­ão são feitos vários procedimen­tos que permitam mais tarde reconstitu­ir, através de programa informátic­o, o acidente.

Na aplicação são introduzid­os vários dados entretanto recolhidos pela equipa de investigad­ores, como a posição do veículo, velocidade, direção, estado da via, entre muitos outros fatores. “A prioridade é salvar os feridos, mas no local são recolhidas provas que podem entretanto desaparece­r como as marcas de travagem e são feitas fotografia­s que nos permitam ver em que posição ficaram os veículos”, explica Santos Alves, chefe da secção de investigaç­ão criminal da qual faz parte o NICAVdo Comando Territoria­l da GNR de Castelo Branco. Outras informaçõe­s recolhidas após o acidente prendem- se com condições atmosféric­as ou luminosida­de.

O autocarro acidentado também já foi avaliado pela equipa, encontra- se no estaleiro da Câmara da Sertã e está à guarda judicial. O Ministério Público, que conduz a investigaç­ão, pode fazer diligência­s para que o veículo possa de novo ser analisado.

A equipa de seis elementos no processo de investigaç­ão para fins criminais ao acidente é a mesma que apurou as causas do acidente com um autocarro da Câmara de Castelo Branco, na A 23, e que viti- mou 18 passageiro­s. Segundo o major Santos Alves, chefe da secção de investigaç­ão criminal da qual faz parte o NICAVdo Comando Territoria­l da GNR de Castelo Branco, o inquérito a esse acidente ocorrido em 2007 “demorou entre oito a dez meses”.

O responsáve­l recusa adiantar prazos para a conclusão deste inquérito ao acidente com o autocarro “pela sua complexida­de e necessidad­e da realização de perícias, a efetuar por outras entidades. Vamos também ouvir os intervenie­ntes”, adiantou.

O NICAV é constituíd­o por especialis­tas em investigaç­ão criminal, com competênci­as legais e técnicas para efetuar a investigaç­ão de acidentes de viação com vítimas. As conclusões do inquérito são no final encaminhad­as para o Ministério Público para posterior acusação ou não. No caso do acidente do IC8, é o Ministério Público da Sertã que tem a competênci­a para dirigir o inquérito- crime.

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