IPSS desconhecem vaga para ‘ profs’
Ministério dá prioridade à ordem de chegada dos ‘ mails’. Candidatos tiveram um dia
A oferta de vagas em instituições sociais para professores com horário zero, em que o Ministério da Educação e Ciência ( MEC) dá prioridade à ordem de chegada dos mails, está a gerar indignação entre a classe e as próprias instituições onde devem ser colocados desconhecem que fazem parte do concurso.
A tutela convidou os professores com horário zero a candidatarem- se a 20 lugares em instituições – que desconhecem o concurso e dizem não ter pedido nenhum professor – dependentes do Instituto de Segurança Social. A responsabilidade da entrega da lista dos locais onde se precisa de docentes para “apoio e orientação a crianças e jovens” é da Segurança Social, indica ao DN o MEC.
O facto de o convite ter chegado por e- mail, com um prazo pouco superior a 24 horas e com um critério de seleção baseado na “ordem de receção dos e- mails”, deixou os destinatários surpreendidos. “Os professores não são obrigados a ir ao e- mail todos os dias, depois o MEC mandou as ofertas às 10.45 de segunda- feira para um concurso que termina hoje [ ontem] às 18.00. Além disso, o critério é a ordem de chegada das respostas”, aponta Mário No- gueira. O secretário- geral da Fenprofacrescenta ainda o “espanto” com que as instituições reagem aos contactos de professores que querem saber pormenores das funções. “Os diretores das instituições de Castelo Branco e Lagos não sabem de nada. Dizem que não pediram nenhum profissional”, aponta o dirigente.
O DN contactou o Abrigo de S. José, no Fundão, que está na lista enviada aos professores e o diretor disse não ter conhecimento de tal concurso. “Não sei em que âmbito vão colocar aqui um professor. Já temos um destacamento”, referiu o diretor, César Fatela.
Em relação ao concurso, a tutela indicou, através do gabinete de imprensa, que se trata de uma “oferta/ convite” divulgada junto dos professores sem componente letiva atribuída. Como se “trata de um destacamento e não de um concurso” é “respeitada a ordem de entrada da manifestação da disponibilidade dos docentes, uma vez que não há lugar a graduação. Este procedimento é utilizado na seleção de docentes para determinadas atividades”.