Administração da EPUL demitiu- se
O presidente da EPUL, Luís Sequeira, entregou ontem na Câmara de Lisboa, a renúncia ao cargo que exercia há já quatro anos. A carta foi entregue ao presidente da Câmara, António Costa, sendo que a autarquia tem agora até ao final de fevereiro para encontrar uma solução. Em causa está a proposta da autarquia de extinguir a EPUL, uma decisão tomada a 5 de dezembro e que ainda carece de aprovação da Assembleia Municipal. De acordo com Luís Sequeira, mesmo que se mantenha a empresa,“isso não muda a decisão da administração porque existe incoerência no que foi acordado”. Aliás, a proposta da Câmara de Lisboa de dissolver a empresa apanhou Luís Sequeira desprevenido.“Fiquei surpreendido porque é contra toda a lógica e considero um grande desperdício de todos estes quatro anos. Fui convidado para gerir uma empresa que estava em falência técnica e foi feito um grande esforço para a viabilizar e com resultados extraordinários”, comentou. Mas o gestor lamenta principalmente que se tenha tomado a decisão da dissolução numa altura em que a empresa está, finalmente, de boa saúde financeira. Recorde- se que em 2012, a EPUL registou lucros de 5,2 milhões e um volume de negócios de 15 milhões de euros e ainda reduziu o endividamento bancário de 85 para 64 milhões de euros e aumentou os capitais próprios, de 18 para 23,3 milhões.