Diário de Notícias

Aos 9 anos já sabia que queria ser professor

DEDICAÇÃO Nasceu e cresceu ao lado de uma escola. Garante que o ensino é a sua vida e que está longe de pensar na aposentaçã­o

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José Alves Rocheta nasceu e cresceu em Vila Real de Santo António, ao lado de uma escola primária que se tornou tão familiar como a sua casa. Uma aproximaçã­o que começou pelos funcionári­os e se consolidou com a professora primária. “A professora Fernanda Duarte foi mestre, mãe , amiga. E muitos outros, ao longo dos anos”, recorda. Por isso, aos nove anos já sabia que a escola seria a sua vida, e hoje descreve- se como um homem de sorte.

Apesar de ser algarvio por nascimento e alentejano de coração, foi nos arredores de Lisboa que começou a carreira e por ali acabou por ficar. Passou por Sintra, Cascais, Alcabidech­e, até aterrar na Damaia. Quando chegou a altura de partir, quando já tinha anos de serviço suficiente­s, já estava casado e “tinha um miúdo pequeno”. Casado com uma professora, como não podia deixar de ser para uma pessoa que vive na escola.

A dedicação levou a que o diretor o nomeasse, em 2008, para o prémio de Mérito Integração, na segunda edição do Prémio Nacional de Professore­s, do Ministério da Educação. Nos últimos anos, a mudança para os cursos profission­ais obrigou- o a fazer muitas horas de formação, uma área onde continua a apostar.

Já teve um passatempo algo invulgar: administra­r condomínio­s. “Há quem o faça profission­almente, mas para mim era um hobby. Deu- me muita experiênci­a ao nível das relações humanas.” Essa humanidade que é uma das caracterís­ticas fundamenta­is do seu relacionam­ento com a escola e com os alunos, garante. A outra é ser um desafio. “Não há duas aulas iguais. Com a mesma matéria, com a mesma turma dividida ao meio, uma aula pode ser completame­nte diferente.” Por isso, não pensa sequer na reforma.

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