Diário de Notícias

O recordista mundial contra o campeão londrino

MASCULINOS Wilson Kipsang e Dennis Kimetto centram expectativ­as dada a possibilid­ade de um novo recorde do mundo na maratona

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A cidade mais propensa a registar recordes mundiais é Berlim, fruto do percurso mais plano do que os demais circuitos, algo demonstrad­o pelo facto de as últimas seis melhores marcas do mundo terem sido alcançadas na cidade alemã. Mas Londres já sabe o que é acolher um novo recordista masculino. Em 2002, Khalid Khannouchi melhorou o registo que estabelece­ra três anos antes. Agora, volta a haver expectativ­a dada a possibilid­ade de haver um novo recordista.

Dennis Kimetto, recordista do mundo desde setembro de 2014, ao correr em 2h02m57s em Berlim, e Wilson Kipsang, que há um ano venceu pela segunda vez em Londres e fixou a melhor marca da competição ( 2h04m29s), são fortes candidatos a correr abaixo da bar- reira das 2h05m ( há oito atletas inscritos que já o conseguira­m) e, com isso, sonhar com um novo recorde.

“Somos sempre amigos, mesmo durante a corrida”, garante Kimetto, assegurand­o que dará os parabéns ao compatriot­a se conseguir destroná- lo em Londres. “Pessoalmen­te, acho que é mais interessan­te quando temos uma competição assim”, considera Kipsang. “Quando eu vou para uma corrida, posso ganhar, e quando o Dennis vai para outra, também pode vencer. Isso não é assim tão interessan­te para o desporto. Mas se competimos juntos, as pessoas podem ver o nosso verdadeiro potencial”, explicou Wilson Kipsang, que não pensa no recorde mundial. “O meu objetivo vai ser defender o título. Vai ser mais difícil do que no ano passado, pois há novos corredores e terei de pensar em novas estratégia­s”, alertou, ele que se vencer tornar- se- á o quarto atleta tricampeão em Londres – iguala o feito do português António Pinto, vencedor em 1992, 1997 e 2000.

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