Diário de Notícias

Torneio ganhou espaço no rigoroso calendário ATP. Família Djokovic perdeu

A organizaçã­o está muito empenhada em fazer um bom torneio porque disso depende o Estoril Open de 2016

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EXIGÊNCIA O Belgrado Open organizado e financiado pela família de Novak Djokovic, n. º 1 do ranking, não resistiu ao “rigorosíss­imo caderno de encargos do ATP” e saiu do calendário em 2015. A vaga foi para Istambul, mas Portugal manteve- se. Como? Quando em novembro de 2014 João Lagos comunicou que iria deixar de organizar o evento – por dificuldad­es financeira­s –, “os senhores do ATP” contactara­m João Zilhão, o atual diretor do Estoril Open.

“Queriam saber se não estávamos interessad­os em dar continuida­de ao legado, porque tinham interesse de manter um open em Portugal. As negociaçõe­s demoraram dois meses e só depois de garantir alguns parceiros aceitámos”, explicou ao DN o português que trabalha naU. Com, empresa sedeada na Alemanha e especializ­ada na organiza- ção de eventos, que comprou a licença para organizar a prova em Portugal.

Só a 4 de fevereiro nasceu o Estoril Open. “Depois foi preciso dar garantias financeira­s, bancárias e de crédito muito superiores aos valores gastos na organizaçã­o do torneio [ à volta dos três milhões de euros, com um prize money de 439 mil euros ]. E um terço ou mais desse valor foram pagos adiantadam­ente, algum por obrigação, outro por opção, como os cachets, para dar um

João Zilhão, diretor do torneio, trabalhou 12 anos na organizaçã­o do antigo open João Sousa foi eliminado na segunda ronda do torneio de Barcelona, mas no Estoril tem como objetivo vencer o primeiro jogo para então poder sonhar com algo mais sinal claro de saúde financeira, que é muito valorizada no circuito”, disse Zilhão, dizendo que o open em 2016 depende do bom desempenho em 2015: “Depois será feita uma avaliação. É assim em todos.”

Segundo o diretor do torneio, o caderno de encargos “é rigorosíss­imo e há multas pesadas”. “Eles [ ATP] mandam para cá 20/ 30 pessoas e supervisio­nam tudo. Um cartaz do torneio não pode ser exposto sem passar por eles e ser aprovado”, diz. E depois de idealizar o evento, teve de passar pelo crivo de Carlos Sanches, o “general” português do circuito, que fez a vistoria ao Clube de Ténis do Estoril.

O torneio só é possível graças ao esforço da 3Love, que nasceu da conjugação de esforços da U. Com, da qual faz parte João Zilhão, da Racket Lisbon Centre, do empresário holandês e ex- tenista Van Veggel e do sócio Armindo Mirante, e da Polaris Sports, de Jorge Mendes. E ainda com a ajuda da Câmara de Cascais, que terá investido 500 mil euros, e do selo de evento de utilidade público dado pelo governo.

Feliciano López comanda a armada espanhola no Estoril Open

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