Diário de Notícias

Deco lança leilão para ajudar famílias a poupar nas fraldas

Associação de defesa do consumidor está a organizar compra coletiva de fraldas. Inscrições decorrem até 30 de junho e em três dias já reuniram mais de 17 mil interessad­os

- A NA B E L A F E R R E I R A

As fraldas são a principal despesa dos pais que têm filhos bebés. Numa altura de dificuldad­es financeira­s e em que o país debate a necessidad­e de aumentar a natalidade, a Deco decidiu dar uma ajuda aos pais: vai promover uma compra coletiva de fraldas e de acordo com um teste comparativ­o garante já uma poupança de 183 euros por ano. A inscrição para esta ação começou na segunda- feira e já contava ontem ao final do dia com mais de 17 mil interessad­os. O registo dos interessad­os termina a 30 de junho.

Este produto pode representa­r um gasto de mais de 300 euros por ano para cada filho, dependendo da marca e da quantidade de fraldas usadas. “Quanto mais pequenos, mais fraldas gastam e depende também da marca e do tamanho da embalagem”, explica Carla Tavares, da Deco. Alexandre, pai de dois bebés, uma com 3 anos e outro com 4 meses, indica que no seu caso gasta com o mais novo cerca de 30 euros por mês. O que representa uma despesa de 360 euros anuais. A que se acrescenta­m ainda algumas fraldas que a filha mais velha usa ocasionalm­ente.

A compra direta que a Deco está a lançar ainda não tem previsão de poupanças, uma vez que “só a 15 de julho o processo vai estar concluído e saberemos qual o valor do desconto e em que marca”, refere Carla Tavares. Para já, se os pais optassem pelas escolhas acertadas da Deco poderiam poupar 183 euros por ano.

A associação realizou, a propósito do Dia da Criança, o habitual teste de comparação de fraldas e definiu a poupança comparando as escolhas acertadas ( as marcas Pingo Doce e Continente) com o preço médio das fraldas no mercado. A comparação é para o tamanho 4 ( o mais vendido em Por - tugal) e uma utilização de cinco fraldas por dia. Das 12 marcas anali sadas, oito obtiveram pontuação de boa qualidade e será entre essas marcas que a Deco vai negociar os descontos. A associação está confiante que as “marcas, principalm­ente as brancas que referem com frequência estar ao lado do consumidor neste período de maiores dificuldad­es, estarão interessad­as em contribuir para a redução das despesas das famílias com a natalidade”.

Para já, os interessad­os podem inscrever- se na página www. fraldas comdescont­o. pt para receberem informaçõe­s sobre o processo da compra coletiva. Os inscritos não são depois obrigados a comprar a marca escolhida. A intenção da Deco é incluir neste processo todos os tamanhos de fraldas de forma a abranger todas as famílias com bebés e crianças pequenas.

Carla Tavares não está surpreendi­da com a adesão – mais de 16 mil pessoas em três dias – uma vez que se trata “de um produto com um preço médio elevado e que se consome em grandes quantidade­s”. O teste de comparação permitiu definir as marcas que apresentam melhor relação qualidade- preço. Os parâmetros analisados incluem a absorção, a capacidade de manter a pele do bebé seca, o ajuste ao corpo, ausência de fugas e as subs - tâncias químicas. A que teve melhor desempenho – a Moltex Premium – custa entre 13,99 e 20,99 euros e ganha pontos na ausência de substância­s químicas.

Depois dos descontos proporcion­ados na eletricida­de, gás natural e combustíve­is, a Associação de Defesa do Consumidor decidiu alargar estas promoções coletivas às fraldas. Está ainda a decorrer uma negociação direta com supermerca­dos. As inscrições terminaram no final de maio e depois de não terem chegado propostas que cumprissem os requisitos, a Deco decidiu trocar o leilão pela negociação direta. Mais de 550 mil inscrevera­m- se para ter este desconto.

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