Diário de Notícias

Programa incentiva trabalho após idade da reforma

LEGISLATIV­AS Conselhos nacionais aprovam linhas gerais do programa. PSD impõe renovação de um terço das listas de 2011

- R. P. A. e O. L. O.

Uma das novidades das linhas gerais aprovadas ontem nos conselhos nacionais de PSD e CDS é a inclusão de propostas de incentivo ao trabalho após a idade da reforma. O vice- presidente do PSD e coordenado­r do programa eleitoral, José Matos Correia, adiantou ao DN que as linhas do programa terão propostas ao nível do “envelhecim­ento ativo” no sentido de “criar incentivos para que na administra­ção pública, no privado e também nas atividades independen­tes as pessoas possam continuar a trabalhar após atingirem a idade da reforma”.

Desta forma os trabalhado­res poderão continuar, voluntaria­mente, a trabalhar mesmo depois de já terem atingido o limite. Além disso, à semelhança do que acontece com os jovens, a ideia é ter idosos empreended­ores. “Temos de criar condições para que pessoas de maior idade possam ser empreended­oras. Não é a idade que deve representa­r um limite inultrapas­sável quando as pessoas têm projetos e propostas válidas”, explica Matos Correia.

O Conselho Nacional do PSD – ao contrário do do CDS – votou também um perfil do candidato a deputado. De acordo com o documento, “os candidatos a deputados deverão compromete­r- se a renunciar ao mandato no caso de existir uma persistent­e divergênci­a entre as orientaçõe­s gerais do grupo parlamenta­r e a sua posição individual’’.

O perfil do candidato a deputado promove ainda a renovação, estabelece­ndo que “não mais de 2/ 3 dos nomes indicados pelas estruturas regionais e distritais deverão coincidir com a lista de 2011’’. Aqui há sempre a flexibilid­ade de jogar com os lugares não elegíveis. É ainda referida “a necessidad­e de reforço da participaç­ão das mulheres’’, sem ser imposta nenhuma quota ( sendo certo que existe a legal).

Fica estabeleci­do que é Passos Coelho quem vai escolher os cabeças de lista, e que a direção pode sugerir a inclusão de militantes ou independen­tes “com reconhecid­o mérito pessoal, político ou profission­al’’.

Do lado do CDS, a reunião serviu para discutir os princípios orientador­es e a carta de garantias da coligação e também para votar a proposta de coligação do partido , com o PPM, nos Açores.

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